sexta-feira, junho 03, 2022

Moonlight sonata

 Um coração despedaçado pode produzir algo surreal. Uma alma dilacerada pode se entregar sem medo ao sombrio e mesmo assim soar maravilhoso. Uma lágrima que escorre pela rosto pode transformar uma fraqueza em resiliência. Ainda que a dor atinja em lugares que não posso controlar, algo que ainda me machuque ou mexa comigo ao ponto de sentir uma dor física sem explicação, eu a encaro de frente e tento com todas as minhas forças me livrar dela. Como? Deixando com que ela me jogue no chão e eu a encare com toda força que eu possa ter. O que está feito, não se pode voltar atrás. Numa história ha dois lados e o meu lado foi permitir com que o mundo me chutasse a boca e cuspisse na cara. Mas eu me reergo e apesar das rasteiras eu continuo cambaleando e querendo encontrar aquilo que me conforte, me complete, me de um alívio no peito e na alma. Alma que quis fugir do meu corpo, mas eu a puxo sempre pra dentro, pra que ela sinta, tudo aquilo que devo sentir. Dos olhares escondidos até os abraços mais fraternais. Um afago, uma palavra de conforto, um carinho. Eu preciso ficar atenta aos sinais, só estou esperando eles invadirem essa alma pronta a recebê-los. 

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