domingo, julho 23, 2006

"While the city's busy sleeping
All your troubles lie awake
I walk the streets to stop my weeping
But she'll never change her ways

Don't fool yourself
She was heartache from the moment that you met her
My heart feels so still
As i try to find the will to forget her somehow
Oh i think i've forgotten her now

Her love is a rose dead and dying
Dropping her petals and man i know
All full of wine the world before her
But sober with no place to go


Don't fool yourself
She was heartache from the moment that you met her
My heart is frozen still
As i try to find the will to forget her somehow
She's somewhere out there now

Oh my tears fall down as i tried to forget
The love was a joke from the day that we met
All of the words all of her men
All of my pain when i think back to when
Remember her hair as it shone in the sun
It was there on the bed when i knew what she'd done
Tell yourself over and over you wont ever need her again

Don't fool yourself
She was heartache from the moment that you met her
Oh my heart is frozen still
As i try to find the will to forget her somehow
She's out there somewhere now

Oh
She was heartache from the day that i first met her
My heart is frozen still
As i try to find the will to forget you somehow
'Cause i know you're somewhere out there right now"


Forget Her - Jeff Buckley

sábado, julho 08, 2006

Encontrei isso num blog velho:

"Enfim, hoje eu não sei o que aconteceu, eu não estava conseguindo me concentrar......aliás, essa semana foi difícil de me concentrar.....em todos os sentidos......eu não tive tempo pra nada, além da avalanche depressiva psicológica que passou (e ainda está) por mim.......

Eu revivi uma experiência a qual eu esperava nunca mais ter que passar......mas parece que em anos, por mais que eu tentasse, eu continuo a confluir certos aspectos que só eu consigo decifrar.......desatinos, vontades, decepções e claro, solidão.......falta de esperança......

Pois então, passei uma semana, relembrando de outras depressões, das minhas graves crises, das minhas desesperadoras noites sem dormir, das minhas loucas tardes andando por essa cidade, no meio da chuva gelada, me punindo por situações as quais até hoje me sinto culpada, por mais atingida que tivesse sido......

Rodei cemitérios, tentei descobrir o significado da vida, entrei em igrejas, fiz vigília na porta de quem amava, esperei sentada a neve chegar e o frio me trancafiar dentro de casa, na esperança de que algo, ou alguém me fizesse perceber que nada estava perdido.....

Por mais que as lágrimas caíssem, por mais que eu quisesse acreditar em meus preceitos, por mais que eu quisesse me fazer de forte, eu queria destruir tudo, fazer com que o mundo acabasse, que só restasse eu, me punindo dos graves pecados que cometi, empurrando a convivência pra longe, ao ponto de não ferir a quem não merece ser ferido, deixando com que meus instintos me carregassem de uma maneira que só meu subconsciente pudesse decifrar......

Nem onde e nem quando e nem por que, eu tinha a vontade explícita de dizer a todos o quanto enlouqueci, o quanto amava uma só pessoa, o quanto não queria mais viver, o quanto não queria mais ouvir, nem agir, nem muito menos sentir.......

Tudo confluia ao mais negro estado, a mais triste decadência, as mais podres lembranças, aos mais avassaladores sonhos.....onde o meu humor mais sádico tentava me mostrar o meu lado mais negro, mais intocado, mais temível, o qual nem eu mesmo sabia que o possuía.....

De uma situação, a outra, me vi sentada em um dia escuro, em frente a um local, tentado sentir ainda o cheiro de morte que pairava no ar......chovia, ventava e eu olhava fixamente para a porta de entrada.....a casa estava abandonada, e nauseantemente eu me sentia, misteriosamente eu qureia entrar e com medo do desconhecido estava, quando percebi que esse mesmo medo, me empurrava para a curiosidade.....

Enquanto entrava, olhava para as pardes, sentia o cheiro podre de sangue coagulado pelo chão, via ratos se escondendo da pouca claridade a qual entrava pela porta de entrada......

Cheguei próximo a uma cama.......muitas coisas coladas na parede, muita sujeira espalhada pelo chão.......como se fosse arte, aquilo era intocado......uma espécie de santuário, onde alguém tinha sido importante, onde alguém não queria ser esquecido.......como um réquiem, jazia pelos cantos, bitucas de cigarro, restos de drogas, posters de bandas, um lençol amassado na cama, algumas roupas por cima desta......

Eu até hoje tento descobrir o que me levou aquele local, que força me conduziu ao desconhecido, o que me atraiu no meio de alguém que queria estar presente, talvez pra me dizer que: banalidades são perdidas......o mundo destrói, o mundo constrói......quisera eu puder ter mudado o curso da história.......quisera eu ter transpassado os limites dos meus próprios conceitos....

Senti naquele local, uma confluência de respostas as quais estava procurando quando cheguei por aqui......e no meio do meu "mental breakdown", eu me vi novamente, suja, impura, indesejável e emocionalmente abalada, olhando para a janela do meu quarto.......

As respostas que tinha recebido tinham se perdido......tudo parecia um sonho, um devaneio de alguém que queria ter descoberto a teoria da relatividade......e no fundo eu tinha descoberto que era tão maluca quanto aqueles os quais um dia tentei visitar no hospício......e o único hospício, era o mundo o qual eu vivia, e ainda vivo......"