sábado, dezembro 23, 2017

"‘Alice!’
Mas que merda! Que merda! Ela tinha ido embora de novo e eu não tinha feito nada! Que merda havia de errado comigo? Por que eu era tão babaca?
Bati a porta do quarto, puto. Chutando uma cadeira que tinha na minha frente, eu começava a quebrar o quarto todo, urrando e jogando as coisas pela parede.
‘Louis, abre a porta!’ – alguém falava do outro lado
‘Vai embora! Me deixa em paz!’ – estava enfurecido
‘Louis, vou entrar!’
‘Vai embora!’ – e quando a porta se abriu eu voei enfurecido no pescoço de Kevin – ‘eu disse pra me deixar em paz!’
‘Calma aí cara! Calma! Calma! Quer acordar o andar inteiro?  Dar uma de rock star e quebrar o quarto do hotel?’ – Kevin me segurava pelos braços e eu tentava lhe bater
‘Eu quero ficar sozinho! Me deixa!’ – eu gritava, cego de raiva
‘Eu deixo você sozinho! Mas se acalma primeiro! Vai se acalmar? Se for, eu te solto!’
Eu já não tinha mais raiva, eu tinha ódio de mim. Consenti com a cabeça e Kevin me soltou, indo então fechar a porta do quarto e voltando pra conversar comigo.
‘Tá mais calmo? Tudo bem? Quer conversar?’
‘Eu não quero conversar! Eu quero quebrar todos os meus ossos! Porque eu sou um idiota! Um completo idiota! Ela me faz de idiota! Olha pra mim! Sou um merda, um fodido, um idiota total!’ – falei enquanto vestia as calças, me sentia cada vez mais ridículo
‘Louis, o que aconteceu?’
‘O que aconteceu? Aconteceu que eu sou um babaca, um trouxa! Eu amei essa garota, cuidei dela quando ela precisou, ela me trocou por Matthew, o cara mais filho da puta com relação a mulher no universo, ela vai e pega ele traindo ela, ai vem, me procura, me faz ficar louco por ela, tudo de novo e sai correndo! Porque eu, eu Kevin, sou um idiota!’
‘Vocês...transaram?’
‘Não! Óbvio que não! Sabe porque? Porque ela não pode me perder! Ela me carrega pra cama, me deixa louco e não pode me perder! E eu sou esse estúpido que ama ela loucamente! E ela? Ela não me vê! Não me enxerga de jeito nenhum! Porque é burra! Burra!’
‘Louis, se acalme...’
‘Como? Me diz, como?!? A mulher que você ama, que você tem nos braços depois de tantos anos, foge e você quer que eu me acalme?’
‘E o que adianta ficar assim?’
‘O que adianta? Quer saber? Não quero vê-la, nunca mais! Não quero! Porque eu sofro! Eu morro por dentro cada vez que ela vai embora! Eu não aguento mais!’
‘Louis, isso vai passar...’
‘Vai, vai sim Kevin! Sabe porque? Porque mesmo depois de tudo isso, eu tenho certeza que vou continuar gostando dela! Porque eu não consigo esquecer essa maldita menina! Eu não consigo...’ – e sentei na cama, segurando a cabeça, as lágrimas me caíam, desesperado
‘Louis, por favor, se acalme, eu vou te dar uma água, devo ter um remédio pra dormir, tome um banho...’
‘Eu não quero dormir! Me explica porque ela faz isso comigo? Porque comigo?’
‘Eu não sei meu amigo, eu não sei’ – e Kevin se abaixou na minha frente, colocando sua mão sobre o meu ombro – ‘que barulho é esse?’ – ele falou ficando em silêncio, querendo ouvir algo
‘Não ouço nada’ – lhe falei já um pouco mais calmo
‘Seu telefone. Deve estar tocando na mochila’ – e ele levantou, caçando onde estava e o tirando de dentro da mochila, enquanto o telefone vibrava e tocava alto
‘Me dá aqui que eu vou jogar essa merda pela privada!’ – e fui de encontro a ele, decidido a quebrar o telefone, pensando que fosse Alice e não queria em nenhuma hipótese ouvir sua voz
‘Não, Louis, deve ser Jeniffer. Olha...’ – e me mostrou o visor com o nome dela
‘Mas que merda! Que merda! Mais isso ainda! Eu estou fodido! Pensa em alguém fodido!’ – eu nem lembrava que Jeniffer existia devido a todas as circunstâncias
‘Vai atender?’ – ele me perguntou, passando o telefone
‘Tenho que atender! Mas que merda...’
Jeniffer gritava comigo do outro lado quando atendi o telefone, estava louca de raiva, me xingando de todos os nomes, dizendo que tinha me ligado mil vezes. Eu só ouvia, inconformado comigo mesmo. No meio de sua gritaria, ela me deu uma notícia que fez eu sentar no chão e de repente desligou o telefone.
‘O que foi, Louis?’
‘Jeniffer...ela...’
‘O que?’ – Kevin me perguntou aflito
‘Ela está grávida. Eu vou ser pai’"
"Give us a room and close the door
Leave us for a while
Your boy won't be a boy no more
Young, but not a child
I'm the Gypsy
The acid Queen
Pay before we start
The Gypsy
I'm guaranteed
To tear your soul apart
Gather your wits and hold on fast
Your mind must learn to roam
Just as the Gypsy Queen must do
You're gonna hit the road
My work is done now look at him
He's never been more alive
His head it shakes his fingers clutch
Watch his body writhe"

The Acid Queen - The Who

quarta-feira, dezembro 20, 2017

It's all part of the plan my dear

Sua segurança, nos braços de outros e nos sorrisos que são meus. Presos numa idéia de convenções que todos gostam, por estremecerem a verdade onde somos todos loucos por escolha própria.


sábado, dezembro 16, 2017

You saw the whole of the moon

Dê-me a leveza de um sonho pra enfrentar a vida
Estou de mãos atadas há tanto tempo
Presa, enfincada em cimento
Que só por querer fechar os olhos pra seguir em frente
Faço uma força que não me pertence
Eu só preciso é respirar e esquecer

terça-feira, dezembro 12, 2017

"Quando entramos no táxi, deitei minha cabeça nas suas pernas e Louis me fazia carinho nos cabelos, me deixando com mais vontade dele, meu coração mais acelerado. Quando subimos pelo elevador, mantive minha cabeça em seu peito, as mãos presas a dele. Podia jurar que tinha voltado a Los Angeles e o via no dia que fui embora e lhe deixei pra trás no aeroporto.
‘Não repara a bagunça’ – ele disse quando entrei no seu quarto
Uma cama, uma mesa, um sofá, algumas coisas espalhadas pelo chão. Era tudo que conseguia visualizar no momento. Ele jogou sua mochila no sofá e catou umas coisas do chão, jogando no sofá também.
‘Vou ao banheiro, quer alguma coisa?’ – ele me perguntou
‘Não, só quero ir ao banheiro também’
‘Então pode ir enquanto eu arrumo a bagunça’
Entrei então no banheiro, me olhando no espelho. Parecia descabelada e alcoolizada ainda, lavei o rosto antes de sair. Enquanto Louis entrou no banheiro, me sentei ao chão em frente a sua cama e cheirei sua camisa. O perfume ainda estava nela, me fazendo sentir mais vontade dele. Quando olhei e o vi saindo do banheiro, a camiseta ainda meio úmida, só pensava em beijá-lo.
‘Sente aqui’ – lhe pedi
Louis se sentou ao meu lado e deitei novamente minha cabeça em suas pernas, me virando de frente pra olhar seu rosto, seus dois olhos azuis me olhavam e ele fazia carinho em meus cabelos. Fui passando minha mão pelos seus cabelos, descendo num carinho de leve pela nuca, lhe fazendo fechar os olhos e os pelos dos seus braços arrepiarem.
Meu desejo só cresceu e me sentei então no seu colo. Louis colocou suas mãos quentes sobre as minhas costas, me fazendo amolecer e o olhar bem de perto. Eu o queria, sem pensar em mais nada.
Encostei meu corpo mais perto do dele e pra lhe sentir o perfume, lhe fazia carinho com o nariz e já lhe beijava o pescoço. Seu coração acelerou, suas mãos deslizaram pelas minhas costas e quando percebi que me queria e que a excitação tomava conta de seu corpo, lhe abracei a cintura com as pernas, lhe sentindo mais perto.
Olhei novamente nos olhos de Louis e lhe beijei. Louis correspondia e de repente quem me beijava era ele. Lhe tirei a camisa úmida, sentindo sua pele, fazendo com que ele me colocasse na cama, me tirando a roupa devagar.
Louis ia me beijando o corpo todo, se encostando em mim. Nem Matthew tinha me desejado daquela maneira, ninguém tinha. E eu me apertava contra seu corpo, ouvindo ele respirar em meus ouvidos, enquanto passava suas mãos pelo meu corpo, me beijando e me observando. Como era bom tudo aquilo, sentir o suor começar a lhe escorrer as costas, me fazendo tremer de prazer mesmo sem que ele estivesse ainda fazendo amor comigo. Quando percebi que isso era inevitável, um desespero me bateu.
‘Louis, não’ – lhe disse parando com todo o processo
‘Alice, o que...eu estou fazendo algo de errado?’ – e ainda me beijou
‘Não Louis, a gente não pode. Não deve’
Na minha cabeça só me passava que se aquilo acontecesse, tudo o que tinha com ele poderia se perder e eu não podia lhe perder, não ele. E se resolvesse nunca mais ficar na minha vida? E se fosse embora um dia como Matthew? E se eu o magoasse, magoasse quem sempre me quis bem?
‘Alice, eu faço o que você quiser, eu...’ – e Louis ainda me olhava, me segurando em seus braços
‘Não Louis, eu não posso! Não posso te perder! Eu não posso mais sofrer. Não, não com você’ – e me esquivei, saindo rápido dos seus braços, procurando minhas roupas
‘Alice, espera. Não vai...’ – ele falava enquanto eu ia vestindo minhas roupas
‘Não, eu não posso! Não posso! Eu vou embora, não posso...’ – as lágrimas vinham aos meus olhos, me sentindo envergonhada de tudo
Eu era feliz ao lado de Louis e ele significava muito em minha vida. Se eu lhe perdesse também, não suportaria tamanha dor. O que tinha feito? Por que tinha lhe provocado daquela maneira?
‘Alice, eu paro. Me desculpe...não vá embora, espere..’ – e Louis se levantou, vindo em minha direção, enquanto eu terminava de vestir minhas roupas
‘Se eu te perder, não resta nada em minha vida! Nada! Eu não posso me dar esse luxo!’
‘Alice, você não vai me perder...olha...’ – e ele colocou suas mãos sobre meus braços
‘Você é a única pessoa que não posso perder, entendeu? Eu não posso te perder. Nunca!’
Me soltei de Louis, catando minha bolsa jogada no chão, as lágrimas escorrendo, saí correndo pela porta e descendo as escadas, ainda ouvindo Louis chamar meu nome. Entrei em um táxi parado na frente do hotel e pedi pra ir embora. Chorava como criança perdida num lugar onde ninguém me conhecia, quando percebi, tinha vestido a camisa de Louis sem querer e lhe cheirei as mangas, ainda com seu perfume.
‘Eu não posso te perder, não você’ – ainda disse entre soluços" 

terça-feira, novembro 28, 2017

Can’t find my way home

Eu tenho esse incurável sentimento de culpa. Parece que a todo momento eu sinto que o mundo me olha diferente por não ser aquilo que todos esperam. Eu sinto uma culpa incontrolável. Uma culpa que tomei pra mim. Um sentimento de dever, de nunca satisfazer, de nunca cumprir. Uma incompletude sem fim.

I can’t give you anything


Gostaria de olhar-te nos olhos e saber que não irei sentir nada
Mas minhas expectativas são maiores que a minha própria vontade

segunda-feira, novembro 20, 2017

Garlands

Meu corpo pulsa em vontade de te ter. A respiração descompassada e o tremor que me envolve, faz com  que as mãos fiquem quentes e a pele se arrepie. Meus braços e pernas se enroscam em seu corpo, me deixando leve, solta em suas mãos. Quero te sentir por entre os pés, me enrolando em seus dedos e segurando firme em minhas costas enquanto não me diz absolutamente nada. Me evita os olhos mas encosta a pele quente na minha, deslizando seus dedos pelos meus braços e me apertando a cintura. Você toca os seus lábios em meu pescoço enquanto eu sinto o cheiro que sai de seu cabelo. O suor escorre pela nuca, o calor me provoca a ter sede e o ar parece querer parar de entrar fundo aos pulmões. Enquanto suas mãos se encontram com as minhas, num aperto forte, eu não paro de delirar até que eu canse de movimentar meu corpo contra o seu. Meu corpo pulsa por nós dois e só consigo te puxar pra perto escorregando minhas mãos em seu pescoço, pedindo pra dizer meu nome em meus ouvidos enquanto suspira com suas mãos em meus quadris. Meu corpo ainda pulsa enquanto deita sua cabeça em meu colo e fecha os olhos enquanto guarda dentro de mim a sua alma.

Arpeggi

Are you there dear? Do you read me? I want to feel you once more.

Hush now

Eu vou passar o resto dos meus dias desejando tocar seu rosto e sentir o cheiro dos seus cabelos. Mesmo que cada lágrima que derramo um dia seque e a dor permaneça dentro de mim.

quinta-feira, novembro 16, 2017

mystic dream

Posso te carregar para dentro do meu pensamento sem que você nem imagine. E a todo segundo a minha alma grita pela sua em alguma esquina perdida na escuridão da minha imaginação.

domingo, novembro 12, 2017

The Stray

Estou obcecada. Obcecada com minha falta de bom senso. Obcecada em entender o que não é pra entender. Obcecada querendo esquecer dos meus pensamentos. Obcecada com o cansaço e com as respostas que devo dar. Obcecada com o cérebro que vai parar em segundos me pregando uma peça que nem o destino vai ter como concertar.

Thick

A gente aceita o amor que acha que merece
A gente aceita a dor que acha que não merece
A gente aceita a vida que tem e questiona
A gente aceita que tem destino e não questiona
A gente aceita o que o futuro reserva e não espera
A gente aceita esperar só pra acreditar 

sexta-feira, novembro 10, 2017

Bats


Eram nesses braços que queria me refugiar hoje
Eram nesses braços que imaginei a cura das minhas dores
Esses mesmos braços que me deixam cicatrizes nos pensamentos

segunda-feira, novembro 06, 2017

Letter to a dead friend

Você faria 38 anos se estivesse entre nós. Ainda lembro a primeira vez que recebi uma carta sua. Foi em 1995. Eu tinha quinze anos e você dezesseis e a sua carta foi tão simpática que foi o primeiro amigo que eu fiz assim tão longe.

Eu respondi e assim ia crescendo nosso contato. Era uma ansiosidade pra receber uma carta a cada três dias. Eu respondia prontamente e não tinha preguiça de ir a pé até o correio pra colocar a resposta.

Trocávamos posters, presentes de aniversário, confidências e segredos que mais ninguém naquela idade adolescente poderia trocar. Depois trocamos telefonemas, fotos e mais confidências. Você foi a primeira pessoa que entendeu as minhas loucuras e nunca me julgou por elas.

Me lembro da última vez que nos falamos por telefone. Era Natal de 1997. Você tinha acabado de passar no vestibular da Federal do Para e eu ia começar no próximo ano o cursinho pra prestar Medicina. As cartas foram diminuindo, a vida foi começando a apertar pros dois lados. Até que um dia, o tempo e a falta de tato de nós dois, nos separou.

A primeira vez que eu vi Pearl Jam, me lembrei de você. Era a nossa banda mais em comum. Quando o Eddie pisou no palco e meu olho encheu de lágrimas a primeira coisa que me veio à cabeça foi: ‘Caramba, ele bem que poderia estar aqui’. Eu achava que você merecia aquele momento, por tantas confissões trocadas e tantas coisas que só a gente entendia que estava escrito naquelas letras que a gente procurava significado.

Aliás, eu aprendi a procurar significado nas coisas pra poder ter algo interessante pra falar. Eu sempre  fui a esquisita, a quieta, a desajustada dos padrões, a gordinha da turma do colégio. E naquelas cartas eu queria ser a adolescente mais interessante do mundo. Talvez eu não fosse, mas tem coisas que a gente sente e é melhor deixar assim, guardada na memória boa.

Da última carta que recebi sua até hoje a vida tomou tantos rumos diferentes. No fim, não fiz medicina. Eu até passei nuns cursos pagosmas como você sabia eu não tinha grana pra pagar. Fui fazer Odontologia porque era gratuito e no fim, gastava uma grana todo semestre com material. Não vou dizer que eu era feliz porque não era. Mas depois de quinze anos que eu pisei na faculdade, de um mestrado e um doutorado eu finalmente me encontrei. Eu finalmente entendi o que é ser realizado profissionalmente.

Pessoalmente eu continuei a mesma desajustada que era como adolescente. A vida me fez sofrer por amores que não valiam a pena e por outros que eu nunca tive a chance de provar. Talvez a vida de todo mundo é assim. O que eu aprendi é que ser feliz depende de mim. Nada que alguém diga ou faça vai mudar essa condição.

A música ainda é algo que me provoca as mesmas sensações que me provocavam lá em 1995. Me faz sentir com 15 anos de novo e felizmente, apesar dos pesares, me dá uma nostalgia boa. Então toda vez que eu posso e meu dinheiro aguenta eu sigo as bandas que gosto. Afinal, o que a gente leva dessa vida?

Aliás, eu me pergunto. O que você levou dessa vida? Faz oito anos que você me deixou por aqui sem nenhuma notícia. Pra dizer a verdade quando eu recebi a notícia que você tinha partido, meu mundo desabou por completo.

Quantas vezes não quis te contar tudo o que disse aí, de uma maneira não tão resumida, claro e não fiz? Quantas vezes não quis te contatar e não tive coragem? Quantas vezes não quis te contar segredos e não sabia mais como fazê-lo? Quantas vezes não fui negligente com a nossa amizade e nunca mais te procurei por nenhuma maldita rede social? Por que eu era muito ocupada, talvez? Ou por que eu realmente não me preocupei que nada de ruim pudesse acontecer com quem me rodeasse e demonstrasse afeto a mim? Será que meu orgulho era tanto que eu não podia tirar dez minutos do meu tempo pra saber como você estava?

Vinte e dois anos se passaram da primeira vez que nos comunicamos e eu ainda guardo as cartas emboloradas em uma caixa de sapatos. Poucas pessoas me entenderam como você. Poucas pessoas sabem dos meus medos e inseguranças como você sabia. E de onde você estiver eu quero que você saiba que por mais que o tempo passe, a gente não esquece alguém de quem gostou tanto como eu gostei de ti. Aquela amizade pra uma vida toda.

Feliz aniversário.