domingo, novembro 27, 2016

Full Stop

Não consigo ser meia verdade
Não consigo gostar pela metade
Não tenho sentimento partido
Não sinto meia saudade

Se não for pra ser inteiro, comigo não vai ser.

sábado, novembro 26, 2016

Like a river

Amo as coincidências da vida, as vontades súbitas de aparecer em lugares inesperados

Amo não esperar e ser surpreendida. Aprender com minhas faltas e seguir meu caminho de cabeça erguida

Amo a textura da pele e o toque dos dedos por entre meus cabelos e mãos

Amo o beijo macio, doce e sereno de quem se despede e não sabe quando verás novamente

Amo as conversas malucas e música alta em meus ouvidos. O cheiro de perfume que fica na pele. A lembrança de bons momentos ao lado do acaso

Amo fechar meus olhos, respeitar meus limites e ter a sensação da plena convicção de minhas vontades

Amo meus sonhos, respeito meu mundo e amo a oportunidade que as coincidências me dão


Porque tudo não passa de uma boa, deliciosa, surreal e única coincidência

sexta-feira, novembro 25, 2016

Seems I've been living in the Temple of the Dog

Faz duas semanas que desci em Los Angeles com um único objetivo de ver uma banda e essa banda era uma das bandas mais importantes dos meus anos adolescentes. O maior desafio foi enfrentar uma cidade diferente e completamente sozinha, por quatro dias. Eu tinha uma sensação esquisita no estômago, como se eu fosse chegar lá e não fosse sair do quarto do hotel pra nada, a não ser pro show, se eu conseguisse ir pro show.

Mas assim que eu saí das duas horas da fila da imigração e sai carregando a minha mala até o transfer  pra pegar o carro, o vento quente que batia em meus braços e o céu azul aberto ao sol, minha confiança simplesmente apareceu. Quando eu peguei o carro e me perdi pelas ruas de Los Angeles, eu fui parar em frente ao The Forum, onde seria exatamente o show da segunda feira. E lá estava ele, uma construção enorme no meio de um estacionamento ainda maior. Ali eu senti que tudo daria certo.

E eu andei de carro pelas ruas de Los Angeles como se eu tivesse em um local onde já havia estado há muito tempo, sem saber. E eu fiz praticamente tudo aquilo que eu queria fazer. Fiz compras, fui até Malibu, andei pelas ruas de Beverly Hills. Visitei os estúdios da Warner, vi os batmóveis mais incríveis, passei pela casa da Lorelai e sentei no sofá do Friends. Subi até o Hollywood Sign e andei pela calçada da fama. Até coloquei os meus pés em cima dos pés do John Travolta em frente ao Teatro Chinês (desculpem, mas eu amo o boneco do Ken). Descobri até que a Route 66 termina no pier de Santa Monica, onde eu fiquei uns vinte minutos olhando o Pacífico quebrar pela praia.

Los Angeles é linda e tem aquela cor alaranjada que eu sempre imaginei no final da tarde. Com certeza, finalmente em minha vida eu tive um momento só meu. E eu estava mais do que orgulhosa por tudo o que eu já tinha feito durante esses últimos três anos, essa foi a minha extravagância.

Quando na segunda à noite eu pisei no The Forum pra finalmente assistir o show, minha viagem não poderia ter terminado melhor. Pra coroar tudo, eu ia ver finalmente uma banda que eu tinha certeza que nunca veria na minha vida e quando a oportunidade surgiu, eu simplesmente abracei. Eu ia ver o Temple of the Dog.

Eu era só sorrisos quando sentei na minha cadeira de lado pro palco. E por mais duas horas eu esperei. E quando finalmente as luzes se apagaram eu simplesmente tinha ido pra outro lugar. Eu tinha 15 anos de novo. Quando o primeiro acorde de 'Say Hello to Heaven' surgiu eu fui transportada para um lugar de conforto que eu sempre tenho quando eu vejo uma banda de Seattle. E nas próximas duas horas e meia em que eu estive lá, minhas emoções foram de escorrer lágrimas a arrepiar todos os pelos do meu corpo. O som era perfeito, ouvir musicas do Mother Love Bone tocadas pelo Stone e pelo Jeff, era como se o próprio Andy estivesse ali, cantando majestosamente com sua maquiagem kabuki e os braços levantados, sorrindo para a plateia.

Será que a falta do Eddie foi tão importante assim? Eu acredito que foi um ponto positivo. Se o Eddie tivesse ido cantar umas músicas teria sido épico? Teria, mas não seria Temple of the Dog. Seria Pearl Jam com a participação do Chris. E aquele momento era dos meninos. A cozinha também tem que brilhar, aliás, se a cozinha não brilhar, a banda não vai pra frente. E os meninos tocam. A versão de 'War Pigs' foi fantástica e casou direitinho com a voz do Chris. 

A única critica fica com a audiência. Agora eu entendo o amor do artista ao tocar pra uma platéia que responde. O que não foi o ponto alto da noite. Mas a memória de ver o Mike correr que nem um louco no palco, jogando suas palhetas pra platéia a todo momento, o Stone mostrando que é muito mais do que um guitarrista base e sim um líder, o Jeff sendo sempre tímido escondido atrás de todos, Matt com experiência numa bateria perfeita e o Chris falando efusivamente e ainda mandando muito bem nos vocais, mesmo não sendo mais o mesmo, a sua presença de quase dois metros de altura faz toda diferença.

O set list passeou não só pelo único disco todo da banda, mas como músicas do Mother Love Bone, Mad Season, Chris solo, Black Sabbath, Led Zeppelin e até de Sid Barret. Foi mágico.  Daqueles momentos da vida em que eu olhei e disse "eu consegui".

Foi essa sensação que eu tive quando voltei pra São Paulo, eu tinha conseguido. E eu devia isso a adolescente que ainda reside em mim. Conseguimos.

terça-feira, novembro 22, 2016

"A turnê estava quase no final e depois íamos a Europa, como sempre fazíamos. Vegas era um dos últimos locais o qual tocaríamos, depois ficaríamos uns dias em casa e viajaríamos de novo.
Eu era só cansaço. Precisava de folga, da minha casa, da minha cama e tudo o que eu conseguia pensar era que só tínhamos mais dois shows. Só mais dois shows.
Aquela noite em Vegas em especial, estávamos num festival, com  outras bandas. O burburinho depois do show era grande, muita gente circulando pelos corredores até o camarim. Um caos.
Me lembro de alguém ter me parado no meio do caminho quando o show acabou e travado uma conversa longa e enfadonha sobre direito de artistas e blá, blá, blá.
Eu só queria chegar até o camarim e tomar uma cerveja, um banheiro, sentar uns dez minutos no sofá. Quando consegui me livrar da conversa, corri e entrei rapidamente, fechando a porta, atravessando a sala sem olhar pro lado.
‘Ei, olha quem chegou!’ – falou Kevin enquanto eu pegava uma toalha
‘Ah, um mala me parou no corredor, me puxou pra uma sala e não conseguia sair. Preciso de um banheiro e...’ – quando me virei, Alice estava sentada no sofá, sorria pra mim
‘Alice?’ – seus cabelos compridos pareciam mais loiros, seus olhos mais negros, ela mais velha, parecia mais bonita
‘Vim visitar vocês! Na verdade vim ver vocês tocarem, estou com os meninos por aqui’ – e ela se levantou e me deu um beijo no rosto, me abraçando e voltou a sentar entre Pete e Kevin
‘E por que eles não vieram com você?’ – disse Doug
‘Porque estão alucinados em Vegas! Desde que chegaram, querem ir a festas, cassinos. Cacá quase casou numa capela com o Elvis’ – e riu
‘Ah, Vegas...’ – disse Doug dando risada junto com os outros
‘Aí, eu queria ver vocês e eles queriam torrar o dinheiro em um cassino qualquer, bebendo loucamente. Deixei eles e vim sozinha’
‘Como conseguiu entrar aqui?’ – lhe perguntei
‘Hum, tenho meus contatos’ – ela sorriu e piscou pra mim, me fazendo sorrir – ‘mentira, reconheci TG, aquele segurança de vocês, lá na frente do palco junto com umas garotas ensandecidas querendo ver vocês e depois de muito tempo tentando convencer ele que conhecia vocês, ele me trouxe aqui, quero dizer, chamou Kevin e ele me trouxe’
‘Por que não me ligou?’ – lhe perguntei novamente
‘Ah, não tenho telefone. Aí pra ligar teria que sair e podia ser que não desse mais pra entrar, arrisquei...’
‘E pra onde vocês vão agora Alice? Ou vão voltar pra casa?’ – perguntou Doug
‘Olha, do jeito que a grana acabou, bem provável que vamos pra casa. Os meninos torraram toda a nossa grana. Vocês não estão entendendo, não ganharam uma moeda sequer!’
‘Puta merda’ – riu Doug
‘Mas tá bom já, descemos de Seattle até a Califórnia de carro, viemos pra cá e agora vamos pra casa, estou cansada’
‘De carro?’ – perguntou Kevin
‘Sim. Um mês que estamos viajando’
‘Wow, sem destino. Como é bom ser jovem’ – disse Kevin
‘Sim, mas somos em quatro’ – ela riu
‘Lex veio?’ – eu perguntei
‘Não, Fabio veio, aquele amigo de Cacá. Eu, Fabio, Cacá e John’
‘Que bom’ – eu tinha ciúmes, ela parecia tão bem. Não porque parecia bem, mas por estar viajando com três homens
‘Você é a única mulher?’ – perguntou Kevin
‘Sim, mas não se iluda.  Os meninos são meus irmãos, sou tipo um dos caras. Parecem uns Pitbulls, não deixam ninguém se aproximar, uma loucura’ – todos riram
‘É, tá danada. Mas eles devem pegar leve com você, é uma menina’ – disse Doug
‘Que nada! Não disse que sou um dos caras? Sempre fui, desde que mudei pra Seattle, só tenho eles de amigos. Esse bando de inconsequentes não arrumam uma namorada pra me fazer companhia. Todos uns canalhas! Só Lex tomou jeito!’ – e todo mundo riu de novo
‘Acho que nunca tivemos uma amiga que fosse um dos caras na nossa idade’ – disse Kevin, fazendo com que ela risse
‘Ainda bem, né? Eu não sei o que é ser mulher há tempos! Se peço pra eles pararem na farmácia pra comprar um absorvente, já me indagam dizendo que fico o mês todo desse jeito. Se respondo algo de mau humor, é porque fico de TPM o mês inteiro. Meu aparelho de depilar a perna é barbeador deles. Creme hidratante, usam mais que eu. Mimimi de mulher? Não posso ter! Vocês homens são muito insensíveis! Acha que gosto de ser um dos caras?’ – e todos riram novamente
‘Ei, eu sou um cara sensível!’ – disse Pete, arrancando gargalhadas
‘Ainda bem, um pelo menos é! Os meus amigos tão longe disso! Arroto, xixi de porta aberta, toalhas molhadas espalhadas, outras coisas piores fazem parte do meu cotidiano! Homem pelado não é novidade pra mim!’ – eles riam com ela, eu só conseguia a observar, sorrindo, ela parecia tão feliz
‘Pensa que é só uma viajem’ – disse Kevin
‘Ah, antes fosse. Cacá só é lady quando passa creme’ – como era bom vê-la daquele jeito
‘Você mora com esse Cacá?’ – perguntou Kevin
‘Sim, há cinco anos já. Um casamento perfeito’
‘Casaram?’ – perguntou Doug surpreso
‘Não! Casamento porque a gente divide as contas e as tarefas de casa direitinho, mas não tem sexo sobre hipótese nenhuma’
‘Aaaaaaaaah’ – Disse Doug
Todos riam, acho que nunca tinha visto Alice tão solta e eu sorria feito bobo de vê-la tanto tempo depois. Ela falava e gesticulava com as mãos, os cabelos caindo por trás dos ombros, como tinha a conhecido há cinco anos atrás. Parecia mais segura de si, menos tímida. A idade lhe tratava bem, ainda podia dizer que tinha 18 anos.
‘Não tá com fome, Alice? A gente vai sair pra comer alguma coisa’ – disse Kevin a ela, se levantando
‘Não. Não quero atrapalhar. Já vou embora’ – pegou sua bolsa e se levantou
Kevin olhou pra mim, quase sabendo dos meus pensamentos e falou antes mesmo que eu pudesse ter qualquer reação.
‘Bom, então, Louis te leva’ – eu me senti corar
‘Sim, claro’ – respondi meio tímido
‘Não, não precisa. Eu pego um táxi. E depois ele também deve estar com fome, pode ir com vocês, devem estar cansados’ – ela colocou suas mãos no bolso de trás da calça, também constrangida
‘Não, imagina Alice. Louis insiste, né Louis?’ – e ele passou por mim, batendo em minhas costas, me deixando mais constrangido ainda
‘Sim, claro. Só vou ao banheiro, me espera?’
‘Sim, espero’ – ela sorriu olhando pra mim
Enquanto os meninos se despediam de Alice, eu ia ao banheiro. Ao lavar o rosto, olhava pelo espelho se tudo estava em ordem, estava um caco depois do show, mas estar com ela ali me dava um certo nervosismo, fazia tempo que não ficávamos a sós. Sentia aquele frio na barriga, um tremor leve nas mãos.
Quando saí, Alice estava em pé olhando um cartaz na parede, as mãos nos bolsos de trás da calça. Muito mais bonita do que da ultima vez que a tinha visto.
‘Bom, vamos?’ – lhe disse enquanto ainda secava as mãos na calça
‘Sim, vamos’ – ela sorriu
Peguei minhas coisas e fui me encaminhando a porta quando Alice me segurou pelo braço e me puxou pra perto dela, estendendo seus braços sobre o meu pescoço.
‘Nem pude te dar um abraço’ – seus dois olhos negros me olharam, antes que ela se inclinasse sobre mim
‘É, pois é, eu demorei a chegar e...’
‘Eu senti sua falta’ – ela passou sua mão de leve pelos meus cabelos e me beijou o rosto
‘Eu também’ – lhe disse o que sentia quase sempre
‘Tá com fome?’ – ela perguntou ainda pendurada em meu pescoço, seu rosto tão próximo do meu que podia contar quantas sardas ela tinha espalhadas pelo nariz
‘Um pouco, e você?’
‘Um pouco também’
‘Podemos comer alguma coisa antes de irmos embora, o que acha?’ – lhe propus
‘Sim, vamos? Assim a gente bota a fofoca em dia...’ – e ela pegou em minha mão e me puxou, saindo do camarim
Fomos andando a pé até algum lugar qualquer pra comer. Alice me contava que estava quase no último ano da graduação e que no próximo verão já estaria formada em jornalismo.
‘E a produção?’ – lhe perguntei enquanto comíamos
‘Não quero por enquanto, Louis. Acho que estou traumatizada, quem sabe um dia, né?’ – ela dizia com um olhar triste
‘É, quem sabe’ – e era mesmo triste, ela era competente
‘E eu lembro que você me disse que eu podia fazer outras escolhas. Depois de tudo o que passei eu resolvi viver outra vida’
‘Bom, se essa decisão vai te ajudar, acho que deve fazer’
‘Sim, vai...’ – ela sorriu tímida, mas eu sabia lá no fundo que os sonhos lhe moviam e ela ia os deixando pra trás a cada ano que passava
Ainda continuamos conversando amenidades quando saímos dali e caminhamos mais algum tempo a pé. Alice sorria e não parecia querer ir embora. Nem eu queria que ela fosse.
‘Quer fazer alguma outra coisa?’ – lhe perguntei meio tímido, por mim ficaria a noite inteira com ela
‘Não sei. Faz tempo que eu não bebo nada. Me deu vontade’ – ela me olhou me pedindo algo
‘Alice, olha...’ – eu me preocupava porque bebida e Alice não combinavam
‘Não! Não essa vontade de beber! Aquela sabe? Que você fica zonzo, dança...’ – e me sorriu
‘Sei’
‘Vamos comigo? A gente bebe em algum lugar, qualquer lugar. Eu pago!’ – ela riu
‘Não precisa’ – e ri olhando pra ela, parecia a mesma moleca
‘Você cuida de mim e não deixa eu passar do limite, quando ver que estou alegre você me poda’
‘Alice...é...’ – eu queria, mas tinha medo dela desencadear um processo ruim
‘Ah! Para com isso vai! Faz um ano que não te vejo e uns 4 que não conversamos e passamos um tempo juntos! Vai me dizer que tá velho e que sua artrose não permite, que precisa dormir?’ – ela riu se encostando em mim, ficando de frente
‘Não, não vou’ – e eu ria junto com ela, que saudades daquilo eu tinha
‘Então! Sim, sim, sim?’ – ela me disse pegando em minhas mãos e colocando os meus braços por trás do seu pescoço
‘Ok, vai...’
‘É por isso que amo ter você em minha vida’ – ela me puxou rindo e caminhamos mais um pouco até um bar qualquer
A música era alta, tinha bastante gente e Alice pediu duas tequilas. Uma pra mim e outra pra ela. E mais duas, e mais duas e eu perdi a conta de quantas tequilas tomamos.
Quando vi, Alice me puxava pra onde tinham pessoas aglomeradas dançando e foi pulando junto com a multidão. Ela vinha pra perto de mim e sorria, colocando meus braços em volta da cintura dela, os seus nos meus ombros.
Aquilo fazia com que eu sentisse seu perfume e seu cheiro, toda vez que ela encostava seu corpo quente em mim, eu meio alcoolizado, fazia tudo o que ela permitia. E sentia desejo por ela, tudo novamente."
Ainda não estou preparada pra falar sobre Temple of the Dog. Uma hora sai, tenho certeza.

sábado, novembro 05, 2016

"Lá pelas tantas, quando já tinha bebido um pouco além da conta, puxei John pra dançar. Quando deitei minha cabeça em seu colo, lembrei instantaneamente de Matthew e o abracei bem perto de mim.
‘Que foi?’ – perguntou John estranhando a minha reação
‘Nada, acho que estou meio tonta, bêbada’ – e ri olhando pra ele
‘Quer ir pra casa?’
‘Não sei o que quero’
‘Vem, vou te levar pra dormir, isso passa’
‘Não John, espera. Seja sincero comigo. Você me acha bonita e inteligente?’
John ficou instantaneamente vermelho.
‘Por que essa pergunta?’
‘Nada não. Mas quero saber. Você acha? Você é meu irmão, não pode mentir’
‘Eu acho’ – disse John completamente desconcertado
‘Tá mentindo, né? Eu sei!’
‘Não Alice, não estou. Vem, vou te levar pra casa’
Subi as escadas me escorando em John e deitei antes mesmo de tirar os sapatos. John me ajeitou na cama e me cobriu.
‘Quer um café?’
‘Não. Quero outra coisa, mas não posso ter’
‘O que você quer?’
‘Deixa pra lá. Deixa. Fica aqui? Não quero ficar sozinha’
‘John tirou seus sapatos e se sentou em minha cama. Coloquei minha cabeça sobre suas pernas e adormeci, enquanto ele passava suas mãos em meus cabelos.
Eu queria Matthew, era isso que eu queria."

terça-feira, novembro 01, 2016

Over and Out

"Vou dizer que te quero sem medir conseqüências
Vou dizer que te desejo sem ao menos pensar nas palavras
Vou dizer que o seu gosto é melhor que o gosto do que é mais proibido
Vou dizer que teu cheiro reside em minha pele, em vontade frenética

Vou mentir só pra você não rir de minha sandice

Vou dizer que respiras forte e lentamente
Vou dizer que sorri esperando que o mundo despedaçe
Vou dizer que sua pele é pecado e de pecado se vive os sentidos
Vou dizer que sua boca tem o pedaço daquilo que preciso pra sobreviver

Vou mentir pra você acreditar na coincidência"