quarta-feira, outubro 29, 2014

Tinha um texto tão bonito escrito para um amigo que partiu e fui procurar nos meus arquivos e ele simplesmente sumiu. Perdi outra amiga esses dias, me fazendo pensar que a vida é realmente imprevisível.

A gente pensa no amanhã o tempo todo, corre feito louco em busca do futuro e de uma vida melhor e às vezes ou melhor, muitas vezes a gente esquece do hoje. De sorrir, de degustar uma boa comida, de tomar um porre memorável, de sorrir mais e de aproveitar as boas companhias que temos ao longo dos dias.

Me pergunto insistentemente se não estamos programados geneticamente a reclamar e estarmos emburrados, de mal humor a maior parte do tempo.

Um tempo que a gente conta em minutos, mas que na verdade corre sem que a gente mesmo perceba. Lutamos contra ele todos os dias, temos a pretensão de imaginar que ele não nos pegará, mas pega e nos leva embora sem que a gente perceba.

Mais un ciclo da vida se fecha. Infelizmente a gente não pode voltar atrás.

segunda-feira, outubro 20, 2014

O sono chega, mas o desejo o afasta. O que faço com ele?

quinta-feira, outubro 16, 2014

O desejo sempre me fazendo perder o sono, os sentidos, tudo.

segunda-feira, outubro 13, 2014

"Louis pela primeira vez tinha em seu semblante um olhar triste. Desconcertado ele olhou pra mim e secou novamente minhas lágrimas, passando a mão de leve sobre meu rosto, como num carinho.
‘Se agasalha bem e não vá embora sozinha a hora que chegar lá. Ligue para um de seus amigos te buscar, ok?. E me ligue quando chegar que vou estar esperando, certo?’
‘Tá, pode deixar’
Louis me deu um beijo leve no rosto e se afastou de mim. Quando virou de costas não pude conter um soluço preso na garganta.
‘Louis!’ – falei alto ecoando pelo aeroporto.
Louis se virou, olhando pra mim, com as mãos no bolso, voltando devagar em minha direção. Larguei minha mala no chão e fui de encontro a ele, lhe dar um abraço. Chorava muito quando o abracei pela última vez e dizia repetidas vezes.
‘Obrigada, muito, por tudo’ – fui lhe beijando o rosto e pude ouvir minha chamada de embarque.
‘Não se atrase’ – ele disse grave, quase sem voz, abaixando os olhos e  evitando os meus
‘Ok. Te vejo em breve’
‘Sim. Em breve’ – e apertou minha mão forte antes de soltá-la
Voltei ao embarque e quando me virei ele já não estava mais ali. Fui cheia de saudades e novidades. Uma viagem que me lembrei por muito tempo."
Os mortos retornam, às vezes, mas os faço voltarem rapidinho.