quarta-feira, abril 22, 2015

Tá tudo escuro da porta pra fora


a noite, fascinante noite, esquecida noite, onde os tolos dormem e os mais tolos fingem que aproveitam
"Your disciples are riddled with metaphors... well hung"

Pearl Jam - Rival

terça-feira, abril 21, 2015

Um projeto terminado, um na metade e outro no começo. Isso me faz muito feliz.
"Alice me puxou então pra bem perto dela, me dando um abraço apertado, colocando todo seu corpo contra o meu, me fazendo o sentir tão próximo como nunca antes. Ela deitou então sua cabeça no meu ombro, fazendo com que os meus lábios tocassem o seu pescoço quando abaixei para abraça-la. Um desejo intenso se espalhou pelo meu corpo.

‘Obrigada, por tudo. Você tem sido um bom amigo’ – e me deu um beijo no rosto, passando novamente suas mãos pelo meu cabelo
‘Obrigado Alice. Você também tem sido uma boa amiga’ – lhe  beijei o rosto, passando minhas mãos pelos seus cabelos e pescoço, fazendo com que eu sentisse o cheiro do seu perfume que ainda permanecia
‘Até segunda’ – ela ainda me disse, se afastando de mim e olhando nos olhos, um belo sorriso no rosto
‘Até segunda’ – eu lhe disse soltando então de suas mãos
Segui até o carro louco de desejo. Não tinha sentido isso ainda. Não tinha reparado nisso ainda. Nem sei como cheguei em casa. Deitei na cama e ainda podia sentir o cheiro dela em minha roupa. Cada vez mais louco de vontade dela, entrei no chuveiro. Enquanto sentia prazer, pensava que ela podia deitar comigo aquela noite. Queria dormir em seus braços."

quinta-feira, abril 09, 2015

"Por quê? Assim, desse jeito esquizofrênico de pensar, cada vez que avisto uma boa notícia, tudo se desfaz em negro...

E sim, as lágrimas escorrem assim sem motivo, porque tudo se resume em pedir sua atenção.

Claro que o mundo girando mais do que aos nossos próprios umbigos, se desfaz naqueles sonhos surrealistas onde tudo se derrete sem mesmo se formar.

Essa mania de achar que sentimentos grandiosos se espalham e que provoca uma reação em cadeia, tocando tudo o que poderia ser mais importante.

Leva-me embora logo de uma vez, porque a idéia anda me matando e eu tenho tempo de sobra pra pensar. Deus me fez humana e com uma memória assombrosa.

Se eu sumir alguém vai ter tempo de tentar procurar?

Tenho medo sabia?....é....e só por hoje não tenho a mesma vergonha de admitir..."

Projeto em andamento. Será que um dia esse monte de texto ruim vira alguma coisa boa?

Too excited.

quarta-feira, abril 08, 2015

"Sai então, e fiquei a esperando do lado de fora. Quando ela saiu, fazia frio e ela usava um casaco marrom que contrastava com seus cabelos loiros. Ela se virou e me viu, ainda parecia irritada.
‘Vem, te levo pra casa’ – falei firme pra não parecer idiota
‘Não precisa, Sr. Louis. Eu pego um taxi, não quero lhe dar esse trabalho, está cansado, foi longo o dia e...’ – percebi que ela tinha ficado envergonhada
‘Já te esperei, não vou deixar você sair sozinha. Já está bem tarde. Não vai negar essa carona agora né?’ – estava ainda firme, mesmo me sentindo um babaca
‘Não...’ – ela corou quando me olhou
‘Pode entrar’ – e me encaminhei até a porta, me sentando rápido e já ligando o carro
Alice se sentou e colocou o cinto. Esfregou suas mãos e as prendeu por entre as pernas. Parecia com frio.
‘Mora longe?’ – lhe perguntei
‘Do outro lado da cidade, praticamente’
E me falou seu endereço, me explicando o caminho enquanto íamos. Ela olhava pela janela, vidrada no movimento da cidade. Cada semáforo que parávamos, eu a olhava pra sem que ela percebesse.
Ela era realmente diferente das outras mulheres que já tinha conhecido e eu tinha a impressão de que ela não sabia o quanto era encantadora. Ela tinha uma maneira de colocar seus cabelos por trás da orelha e parecia ser muito delicada.
Quando parei em frente ao seu prédio, a rua parecia deserta. Ela tirou seu cinto e se despediu de mim.
‘Obrigada pela carona Sr. Louis’
‘De nada. Você sabe que estamos de folga amanhã e segunda, né?’
‘Sim’
‘Então, pode me passar o seu telefone se eu precisar, quero dizer, quiser gravar alguma coisa?’
‘Claro’  - e ela procurou uma caneta dentro de sua mochila
Levantei a manga de minha camisa e estendi meu braço pra que ela anotasse. Percebi que ela ainda olhou estranho aquela reação, mas anotou mesmo assim.
‘Obrigado. Qualquer coisa eu te ligo’
‘Qualquer hora que precisar. Obrigada de novo Sr. Louis. Boa noite’ – ela abriu então a porta do carro e desceu
‘Alice? Não me chame de Sr., tudo bem?’ – disse antes que ela fechasse a porta
‘Ok’
‘Boa noite’ – e a olhei ainda por alguns segundos, um arrepio passou por mim
‘Boa noite’ – ela disse e fechou a porta
Eu sai rapidamente com o carro, ainda olhando pelo retrovisor, vendo ela se encaminhar para a porta, olhando para o carro.
Quando cheguei em casa, tudo estava em silêncio e fui até a geladeira pegar uma cerveja. Sentei na cozinha e fiquei olhando pela janela enquanto bebia. Levantei a manga da minha camisa e olhei pro telefone dela, anotado no meu braço. Instantaneamente sorri.
Subi as escadas e fui até a porta do meu quarto, onde Claire dormia. Fui e peguei uma coberta no armário, indo até a sala ao lado, onde tinha uma bagunça de papeis e discos jogados pelo chão.

Peguei um cartão em cima da mesa e anotei o telefone de Alice, colocando dentro da carteira. Deitei então no sofá, me cobrindo e dormi, profundamente."