terça-feira, abril 26, 2016

"No meio da festa o mais inesperado aconteceu, Alice conversava com Doug, Pete e seus amigos, quando pela porta Matthew entrou. Só Deus sabia o que ele fazia ali, porque não tinha o convidado. Provavelmente o próprio Pete tivesse.
Meu coração pulou na garganta e perdi o chão. Sabia que aquela presença abalaria Alice e tiraria qualquer possibilidade remota que eu tivesse de trazê-la de volta a minha vida, como quando a conheci.
Era inútil competir com um homem como Matthew. Principalmente quando uma garota tinha se encantado tanto por ele, como ela. Não era a mim que ela amava.
Mesmo querendo tirá-la dali, pra que ele não a visse e ela também não, eu mal conseguia me mover quando ele se aproximou de mim pra me cumprimentar. Por mais raiva que eu tivesse dele, eu não podia e não devia me meter.
Eu queria que ela ficasse só comigo. Eu queria tirá-la dali. Queria tantas coisas e tinha tantos ciúmes que não podia nem mensurar. Não queria mais vê-la sofrer. Não queria ver ele próximo dela. Mas queria vê-la feliz.
Quando Alice o viu chegando próximo a ela, ficou surpresa. Eu olhava só de longe, ouvindo alguém que não me recordo falar comigo. Nos olhos dela tinha algo que eu nunca tinha lhe produzido, uma admiração.
Ele a cumprimentou e se sentou ao lado dela. E conversaram. Eu via Alice lhe evitar os olhos e apertar as mãos, da mesma maneira desconfortável que eu fazia quando ela estava por perto. Meu coração doía, mas Matthew não se afastava dela, por nada.
Eu a tinha perdido. Tinha perdido minha menina ali, definitivamente. Eu não tinha nenhuma chance. Sabia disso desde o começo. Mas ver aquilo era muito devastador. Ela o amava, eu sabia.
Um tempo depois Matthew se levantou e Alice se levantou logo em seguida, o seguindo, esquecendo completamente tudo que deixava pra trás. Quando ele saiu pela porta e ela foi atrás, meus olhos se encheram de lágrimas. Ela ainda me olhou antes de sair e eu sabia que ela ia embora novamente. Dessa vez, talvez, pra sempre.
Eu tinha que seguir minha vida. A minha menina se foi. O meu amor tinha ficado comigo."

quarta-feira, abril 20, 2016

Mrs. Golden Deal, how does he feel?


Se eu pudesse dizer, com todo o orgulho o seu nome, num só som, num só ímpeto, e te provar o quanto me faz feliz.
Se eu pudesse dizer, que as coisas irão ser melhores, que os dias são mais curtos e as noites mais longas.
Se eu pudesse dizer que seus olhos são mais límpidos do que parecem, que seu rosto é sereno e tranquilizante.
Se eu pudesse dizer que teu peito me conforta e que teus braços me dão a segurança que procuro.
Se eu pudesse dizer que quanto mais me procuro, mais me perco em busca de um significado.
Se eu pudesse dizer que nada é mais importante a mim, a não ser esse momento o qual vivo.

Se eu pudesse dizer que te amo, não deixaria você ir embora e te provaria que o mundo é aqui, nos meus sonhos.

terça-feira, abril 19, 2016

Tears through periscope

Imagine a place where everything is wrong. Where people have developed a hatred of each other for political views or different social classes. Imagine a place where prejudice has been established in such a maddening way and a simple fact of using clothes of one color or another can get you in trouble while walking down the street. Imagine a place where corrupt politicians make speech to remove other corrupt politicians from the government by manipulating the population to believe that corruption will come to an end by such means. Imagine a place where hatred reigns so much, that much of the population begins to believe that a dictatorship would be the best solution for all. Where young people support politicians who praise torturers. Where people say they are opposed to the lack of democracy, but don't know the representatives placed to represent them. This is now the country I live in. A country that has always been robbed by all their rulers, no matter what.

Today, after you played 'I am a Patriot' and 'Inside Job', tears came to my eyes. I was thinking, I've been in a few places in this world. But here is my home, because here I could see the smile on people's faces, even in all the difficulties. Home, because here is all I know. But today, I don't recognize it anymore. I just hope that one day, all of this just disappear, and everything gets back to what it was before.

Thanks again for making me remember that there is still hope in the hearts of those who dream.

(bad translation, i know, sorry for that ;) )

quinta-feira, abril 14, 2016

"Com dificuldade, sentei na cama e olhei para os meus pés, tirando o curativo que Louis tinha feito. Uns pontos tinham estourado e os cortes profundos nos dois pés queriam se abrir mais do que já estavam.
Mesmo desse jeito, não aguentava mais ficar trancada ali no quarto e resolvi descer as escadas pra tomar um copo d’água na cozinha. Demorei uns minutos até descer todos os degraus e andei com bastante dificuldade até a cozinha.
Fui até a pia e achei um copo dentro dela, o qual enchi com água e bebi logo em seguida. Pela janela via um dia nublado e chuvoso. As gotas caiam lentas pela grama e um vento gelado teimava entrar por uma fresta aberta da janela.
Fiquei uns minutos olhando lá fora, sem pensar em nada. Mal podia ficar em pé. Pela primeira vez em meses me sentia realmente fraca. De repente, ouvi a porta bater, me tirando do transe. Me virei e Louis entrava pela cozinha com umas sacolas na mão. Quando me viu, se assustou.
‘O que faz aqui? Não pode andar...’ – ele vinha caminhando em minha direção após deixar as sacolas sobre a mesa
‘Eu estava cansada de ficar lá em cima, deitada e vim beber um pouco d’água. Tive um pesadelo, fiquei assustada’
‘Quer ficar um pouco aqui em baixo? Eu te levo pra sala’
‘Pode ser. Você fica comigo, me sinto tão estranha’
‘Fico sim. Eu demorei um pouco porque precisei passar na farmácia e ir até o mercado’
‘Tudo bem’
‘Põe seus braços no meu pescoço’
Me apoiei em Louis e quando deitei em seu peito enquanto ele me carregava até a sala, senti seu perfume, me fazendo lembrar do primeiro dia em que conversamos. Louis me colocou em cima do sofá e ajeitou umas almofadas pra eu deitar.
‘Está confortável?’ – ele passou sua mão em minha cabeça
‘Sim, obrigada. Mas nem precisava, eu vinha devagar’
‘Não, vou limpar seus pés de novo e fazer outro curativo’
‘Estou bem, não precisa se incomodar’
‘Vou só ali na cozinha guardar as coisas e já volto, não demoro’ – ele falou enquanto já entrava pela cozinha
Fechei os olhos por um momento e meu corpo parecia flutuar e eu respirava lento, como se quisesse poupar todas as energias que ainda me restavam. De repente senti algo gelado nos pés, me fazendo despertar.
‘Desculpe, não queria te acordar’
‘Tudo bem, não estava dormindo. Só estou me sentindo fraca’
‘Vou terminar de fazer seu curativo e vou preparar algo pra você comer’
‘Eu não tenho fome, só estou me sentindo esquisita’
‘Precisa e vai comer. Não tem nada no estomago praticamente, desde que vomitou ontem. Pronto, terminei’
Louis saiu e entrou na cozinha novamente. Encostada no sofá podia vê-lo se movimentar. Eu me sentia bem perto dele. Ele me olhava de um jeito diferente do que todas as outras pessoas as quais conhecia e me fazia sentir especial. Ele cuidava de mim e me protegia, sempre disposto, em qualquer momento ou pelo tempo que fosse necessário.
Eu sentia que o queria sempre por perto. E me sentia culpada por ter me afastado tanto durante todos aqueles últimos meses. E já se faziam sete meses da última vez que o tinha visto em Los Angeles. Mas naquele momento me sentia em paz em estar ali, com ele.
Ele parecia mais magro, seus cabelos diferentes, mais curtos que da última vez, as franjas não lhe caiam mais sobre os olhos. Louis voltou depois de um tempo e sentou ao meu lado com um prato de sopa.
‘Olha, não sei cozinhar muito bem, por isso comprei várias coisas prontas pra te dar’
‘Imagina Louis, eu nem queria te dar tanto trabalho’
‘Não está. Vem, senta aqui perto, vou te ajudar a comer’ – Louis assoprava a colher e me dava a comida na boca
‘Me sinto uma criança com você me dando na boca’
‘Não acostuma não. Só estou fazendo isso porque você não está boa’ – ele sorriu e olhou pra mim
Louis me forçou a comer quase o prato todo de sopa, quando não aguentava mais, ele se viu quase satisfeito de me ver de estomago cheio.
‘Vou comer também. Tem certeza que não quer mais?’
‘Tenho, fazia tempo que não comia assim’
‘Pois aqui em casa vai comer, nem que eu tenha que te amarrar e dar na boca todo dia’
Louis voltou com outro prato de sopa e se sentou ao meu lado, enquanto comia, eu deitei próximo a ele. Por uns minutos ficamos em silêncio.
‘Quer um copo de água?’ – ele perguntou enquanto comia
‘Não, estou bem’
Louis colocou o prato em cima da mesa e eu me deitei sobre suas pernas, me sentindo confortável e menos fraca. Louis olhava pra mim, enquanto passava suas mãos pelos meus cabelos e testa.
‘Se sente melhor?’
‘Uhum, um pouco’
‘Quer mais alguma coisa?’
‘Não. Obrigada. E você como está?’
‘Eu? Bem. Minha mãe está em tratamento ainda, mas está bem melhor depois da cirurgia e eu tenho descansado um pouco da ultima tour. Tenho escrito umas musicas’
‘E sua esposa?’
‘Separamos mesmo, não há vejo há meses’
‘E, tudo bem? Está namorando com alguém novo?’
‘Não. Estou bem. Vou ficar assim por um tempo’ – Louis parecia não querer tocar nesse assunto
‘É, faz bem. Olha o que a paixão me fez’
‘Isso passa, você vai ver...’
Ainda passamos um pouco conversando sobre amenidades mas me senti cansada e Louis me levou pra deitar de novo.
‘Dorme um pouco enquanto arrumo algumas coisas aqui em casa’ – ele falou pra mim enquanto eu já quase dormia
‘Ok. Louis?’
‘O que?’
‘Eu...’ – e tudo se apagou"

domingo, abril 10, 2016

Half a world away

Se pudesse correr e desaparecer, onde ninguém pudesse ver o quão fraca me tornei, o quão patética minhas palavras são, o quão dilacerada minha alma se encontra.

Se pudesse fazer com que as pessoas vissem o que viam antigamente, a felicidade momentânea, o que minha mente insiste em procurar. Mas, pra quê?

Tudo foi inútil e acreditar mais uma vez foi ridículo. Sei o final, sei o que me espera, mas não consigo mais me controlar e tudo se despedaça.

os vidros eram frágeis e o vento arranca partes preciosas de meu corpo. Não há fortaleza que supere a ira do destino.

Fico feliz por aqueles que amam e entendem os mistérios. Sinto respeito pelo olhar daqueles que tem piedade e compaixão. Tenho estima pelos sonhos que vivenciei. Não posso e não quero esquecê-los. Não aprendi com a existência, nem mudei meu comportamenti vil a cada dia que respiro.

Nada se tornou o pouco que ainda me resta e pode parecer trágico e melodramático demais, mas essa dor incurável me mostra a vida em rolos de filmes velhos. Sempre foi assim e sempre será. Minhas escolhas foram erradas. Meu instinto foi errado. Meu final é previsível.



Sei que um dia irá voltar
sei que irá segurar a minha mão e dar-me o sorriso que esperei tanto
não deixarei ires embora e também nunca mais voltarei.