segunda-feira, maio 12, 2008

Será que é a ansiedade, o frio ou a saudade do seu cheiro que me deixa assim, mole, cheia de nostalgias baratas?

Inconfundível sorriso no meio de milhões. Essa vontade louca de estar vivendo intensamente a cada segundo tira a minha concentração.

Eu fecho os olhos e retorno ao essencial, mas só consigo ver uma cena embaçada de sonho, onde vens e toca meu lábio daquele jeito que só a gente conhece.

A sua pele pode se confundir com a minha, misturando tudo aquilo que não me faz mal. Agradeço a preocupação, mas não me prive de passar mais uma noite acordada em seus delírios.

Sinto falta dos meus dias de graduanda, onde eu passeava pela grama verde e deixava aquele sol bater em meu rosto. Matava aula pra ver o sol. Mas sempre fui certa demais pra me libertar das responsabilidades.

Há uns dias tenho estado com uma fotos bem antigas em cima da minha escrivaninha. Aquele sorriso de jovem sonhador que quase perdi. E rio das bizarrices humanas que cometi.

O tempo correndo, correndo, indo lá na frente. Certeza, deve ser a ansiedade. Porque eu deveria estar estudando horrores e só consigo me concetrar na cena embaçada.

É o querer de tantas coisas que se confundem que já não sei o princípio de tudo. Não se compra personalidade. Não se compra interesse. Não se compra espontaneidade. Não se compra conhecimento.

Não se paga a eterna paz de espírito. De ter liberdade de pensamento, de expressão, de alma.

É o frio, então. Tenho quase certeza. Afinal, quem mais odeia o frio que eu?. O sol tem que esquentar, tudo. Derreter. Escorrrer a chuva gelada.

Conversar, ouvir, entender. Tudo é tão fácil aos olhos de quem lê. Tão difícil aqueles que praticam. E você tem os três, quando abre aquele sorriso e faz aquela cara de entendido.

Seu cheiro. Não tenho mais pra onde correr. Seu cheiro que não sai de minhas roupas. Não sai da pele. Não sai da idéia.

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