segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Afinidade...a palavra que lateja em meus ouvidos na madrugada...afinidade...

Afinidade, música boa, papo interessante, pele de cetim...cheiro inconfundível quando se está longe e alguém passa, te lembrando um lugar, uma cena, uma situação...transferência...

Afinidade a gente não compra, não pede, não faz....afinidade existe...não precisa de esforço...afinidade aparece às três da manhã quando você tá rolando na cama, querendo dormir...

Aparece quando você escuta a letra de uma música, quando te dizem uma frase mágica...

Não tem como criar afinidade....não dá pra querer que ela aconteça...não dá pra ter medo e não dá pra fugir...

A essa hora da manhã, eu devia estar dormindo porque logo cedo eu estarei lá cuidando de pessoas...e tentando dar um jeito louco nessa vida que todos têm, mas a afinidade bateu louca no meu pensamento...louca e insistente...

A essa hora da manhã eu fecho os olhos e lembro dela como se fose a única coisa que existisse no momento....mas por que isso logo agora?

Porque o momento foi propício pra isso....quando a gente sente essa tal afinidade às vezes quer dizer mil coisas que não consegue, e mais mil coisas que quer saber e tem receio de perguntar, mas outras mil coisas que só quando os olhos se encontram sabem...

Antes eu pulava essas partes insistentes da minha vida....achava que pudesse estar enlouquecedo sozinha e que essas bobagens viriam de uma cabeça desocupada...mas era a maldita rotina que derretia meus neurônios....

É aquele cheiro que reside louco em minha memória....e o gosto da pele de cetim que não sai de minha cabeça, fazendo com que eu pense que afinidade está perto, mas não dá pra tocar...

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