terça-feira, março 21, 2023

Ela desatinou, desatou nós

 Se eu for parar pra pensar, a vida é feita de momentos. Ontem eu tive um momento, daqueles que a gente quer recordar. Toda vez que eu vou num show, seja ele qual for, eu tenho um momento em que me emociono. Tem uma melodia, que toca ao ponto de só deixar as lagrimas escorrerem ou soluçar que nem criança.

Ontem os olhos só marejaram. O Covid me pegou e desencadeou um processo muito ruim dentro de mi. desencadeou crises e medos que eu não tinha fazia um bom tempo. E ontem, quando eu ouvi a melodia especifica, os olhos marejaram e me fizeram ver que apesar de tudo eu estava ali, de pé. 

Quando em um momento especifico eu olhei pra cima em um flash passaram-se quatro meses em que eu engatinhei. Que genuinamente sofri, mas me trouxe mudanças que hoje são permanentes. Eu soo repetitiva sim. Mas esses últimos quinze dias foram um quase engatinhar. E eu me escorei nas paredes. Dobrei os joelhos pra não cair novamente.

Tem horas que eu só queria que a mágica acontecesse e tudo desaparecesse, mas na vida a gente tem que aprender a ter paciência. Eu gostaria de saber quanto mais de paciência eu ainda vou ter que ter. Quanto tempo eu vou ter que esperar. O mesmo tempo que corre e me deixa suspensa no ar em um piscar de olhos.

Quantas luas vão se passar até eu perceber que o tempo é o que a gente tem de mais precioso. Que os momentos que a gente não quer esquecer vão ficando cada vez mais e mais longes dentro da memória. O quanto eu vou poder confiar na memória e o quanto de tempo eu terei pra que eu possa ainda aproveitá-los.

Os meus instintos me dizem uma coisa, minha intuição me diz a mesma coisa. Minha realidade só me mostra que eu vivo pra esses momentos. Que eles sejam suficientes.

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