segunda-feira, dezembro 20, 2021

the man in the shadowing hood

Eu realmente não sou boa com palavras faladas, mas quis enxugar suas lágrimas que marejaram seus olhos quando lhe disse a minha verdade. Mas só Deus sabe como você reagiu as minhas palavras escritas, que são mais claras e mais vivas.

Eu daria minha vida inteira pra passar minha mão pelo seu rosto, quando sua cabeça se inclinou tocando a minha. Será que essas sensações são só minhas ou é tão natural a você, quanto é pra mim, passar o pouco tempo ao seu lado? Será que sou eu que me sinto a vontade na presença da sua alma ou você sorri com os olhos e é agradável aos meus ouvidos, contando seu cotidiano de uma maneira tão natural e tão intima como se milênios tivessem passado pra que a gente se encontrasse?

Eu não menti quando nomeei o destino de universo. O destino me colocou em sua frente e com certeza eu transferi a sensação de paz que minha alma gritava desesperadamente pra que voltasse, a sua gentileza e compreensão. Mas eu não vou mentir pra mim, to jogando pro alto todas as convenções estúpidas, toda a consciência adulta e aceitando que o que eu sinto é verdadeiro, pois nesse momento é. 

Quanto tempo isso vai durar? Não sei, não quero saber. Há anos não sentia essa sensação, não me sentia completa, ter essa sensação boa de um preenchimento de vazio. Mas não vou mentir que necessito segurar em suas mãos e sentir a textura de sua pele encostando na minha. Nem da sensação tão boa que eu sinto quando estou nos seus braços e meu corpo se encaixa perfeitamente ao seu. O mais natural de tudo é que o abraço é apertado e confortante, como se aquele momento durasse uma eternidade inteira. E eu estou disposta a te dar a minha eternidade inteira.

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