terça-feira, dezembro 14, 2010

Estou numa fase de transição. A minha vida de vez em quando fica me pregando peças que nem eu mesma acredito que existam.

Saber de ti ainda me faz muito bem, silk. Mesmo que não compartilhemos mais os momentos como antes. Estará sempre comigo, aonde eu for, da maneira que eu for. O sorriso me abre só de lembrar de tua voz e de sua expressão tranquila. Não posso mentir que sinto loucamente sua falta, ainda és grande parte de mim. E de mim ainda tens grande parte. Tens minhas lágrimas e a devoção de um sentimento que até hoje não consigo definir.

Esse canto aqui é meu. Não importa se uns ou outros achem que sou egoísta, mentirosa, covarde ou mesmo ingrata. Não me obrigo a sentir e não me obrigue a sentir. E sou totalmente movida por sentimento. Não peço nada para que eu não me sinta endividada e obrigada a trocar gentilezas e se me deu gentilezas, não me cobre depois. Porque isso só torna os seres humanos mesquinhos.

Sou maldita em minhas próprias convicções e não abaixo minha cabeça a ninguém. O mundo vai ter q me engolir, nem que me cuspa de tão azeda. E sou azeda e amarga quando quero, quando é preciso.

O que me atinge não me fere mais. Os cortes já foram profundos demais. E eu aprendi com o tempo que é necessário que o fluxo da vida se cumpra, mesmo que meus desejos sejam intensos e desesperadores.

Aqui nesse lugar digo aquilo que quero, não me importa o que achem. Odeio a soberba e a cada momento que reflito vejo que a soberba me enoja. Tudo o que me disseram se provaram nesses últimos dias o exato contrário. Eu posso sim muitas coisas e posso distinguir o que é melhor pra mim.

Mas se me arrependo? Amargamente, todos os dias. Tudo que eu tentei fazer de maneira correta, se tornou contra mim em ameaças e ignorâncias explícitas. A imaturidade não é qualidade e nem defeito, mas devemos estar preparados pra entende-la. Mas a ignorância é outro feito que quero, mas não consigo entender.

Infelizmente, pra se fazer entender, às vezes nos tornamos monstros. Eu sou escrava da raiva incontida e quando ela aparece, ninguém consegue deter. Queria saber como um ser tão desprovido de tamanho como eu pode se transformar em algo tão vil em apenas alguns segundos. Enquanto não me liberto da escravidão, uso a raiva em meu benefício.

E não vou mentir que tenho medo. Medo do desconhecido, do que pode me guardar o futuro. Mas continuo me apegando na esperança e na intuição.

Sabe, se eu fechar os olhos e lembrar dos bons momentos, pareço poder tocá-los. É como se tudo se transformasse em universo paralelo e eu visse as coisas todas acontecerem em câmera lenta.

Mas o que é mais engraçado de tudo é que existem momentos ruins que acabam inclusive com a imagem de alguns bons momentos. Eles se perdem, pra nunca mais voltarem.

Continuo respeitando o que sinto, não há quem tire mais isso de mim. Sem isso, a morte seria certa. E já gastei minha chance de ressureição.

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