Se pudesse correr e desaparecer, onde ninguém pudesse ver o quão fraca
me tornei, o quão patética minhas palavras são, o quão dilacerada minha
alma se encontra.
Se pudesse fazer com que as pessoas vissem o que viam
antigamente, a felicidade momentânea, o que minha mente insiste em
procurar. Mas, pra quê?
Tudo foi inútil e acreditar mais uma vez foi
ridículo. Sei o final, sei o que me espera, mas não consigo mais me
controlar e tudo se despedaça.
os vidros eram frágeis e o vento arranca
partes preciosas de meu corpo. Não há fortaleza que supere a ira do
destino.
Fico feliz por aqueles que amam e entendem os mistérios. Sinto
respeito pelo olhar daqueles que tem piedade e compaixão. Tenho estima
pelos sonhos que vivenciei. Não posso e não quero esquecê-los. Não aprendi
com a existência, nem mudei meu comportamenti vil a cada dia que respiro.
Nada se tornou o pouco que ainda me resta e pode parecer trágico
e melodramático demais, mas essa dor incurável me mostra a vida em rolos de
filmes velhos. Sempre foi assim e sempre será. Minhas escolhas foram
erradas. Meu instinto foi errado. Meu final é previsível.
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