domingo, abril 10, 2016

Half a world away

Se pudesse correr e desaparecer, onde ninguém pudesse ver o quão fraca me tornei, o quão patética minhas palavras são, o quão dilacerada minha alma se encontra.

Se pudesse fazer com que as pessoas vissem o que viam antigamente, a felicidade momentânea, o que minha mente insiste em procurar. Mas, pra quê?

Tudo foi inútil e acreditar mais uma vez foi ridículo. Sei o final, sei o que me espera, mas não consigo mais me controlar e tudo se despedaça.

os vidros eram frágeis e o vento arranca partes preciosas de meu corpo. Não há fortaleza que supere a ira do destino.

Fico feliz por aqueles que amam e entendem os mistérios. Sinto respeito pelo olhar daqueles que tem piedade e compaixão. Tenho estima pelos sonhos que vivenciei. Não posso e não quero esquecê-los. Não aprendi com a existência, nem mudei meu comportamenti vil a cada dia que respiro.

Nada se tornou o pouco que ainda me resta e pode parecer trágico e melodramático demais, mas essa dor incurável me mostra a vida em rolos de filmes velhos. Sempre foi assim e sempre será. Minhas escolhas foram erradas. Meu instinto foi errado. Meu final é previsível.


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