segunda-feira, outubro 21, 2024

Hertan

 Naquele momento único onde as luzes se apagaram e e pude ouvir o primeiro acorde de um violino rústico, nada mais me parecia real a não ser aquele momento. Eu tive uma lembrança viva de um tempo em que aprendi a me conectar mais com o meu sagrado. Mas ao mesmo tempo com a força interior que eu tive que puxar lá no fundo pra conseguir a voltar a olhar pra frente. Uma trilha sonora de altos e baixos. De crença e aprendizado. De estar livre. De que o grito não é de desespero e sim de algo profundo que queima minha alma e simplesmente sai. Não teve lágrimas, teve felicidade. Um momento que eu queria tocar o invisível. Poder transmutar a energia que batia no meu peito e que vibrava insistentemente. É isso que o Wardruna faz comigo nesses últimos anos e isso que ele fez naquele dia em que a memória ainda vai se manter.

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