Ele conseguia lembrar de cada detalhe dela quando a observava de longe. Os mesmos anéis, a mesma postura sentada a poltrona, o sorrir com os olhos. E mesmo assim conseguia captar outros sinais os quais ela lhe mandava nem que fosse pela força do pensamento. Mas não conseguia parar de ver o quanto tinha evoluído em todo aquele tempo. Ele só se tocou de sua fragilidade quando as lágrimas descerem pelos seus olhos negros por dois minutos, sem pudores. O que diria naquele momento? Lhe pegava nos braços ou simplesmente tentaria fazer com que ela sorrisse novamente. Ela estava ali, exposta, desnuda e sem medo de entregar seus segredos mais íntimos. Só uma coisa lhe prendia, seus princípios, mas estes, ele estava prestes a jogar fora quando lhe puxou ao seu corpo e sentiu que o corpo dela se arrepiava por inteiro. Ele sabia que o corpo falava, só não sabia como responder e ultrapassar os limites que ele se impôs a si mesmo.
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