terça-feira, dezembro 12, 2017

"Quando entramos no táxi, deitei minha cabeça nas suas pernas e Louis me fazia carinho nos cabelos, me deixando com mais vontade dele, meu coração mais acelerado. Quando subimos pelo elevador, mantive minha cabeça em seu peito, as mãos presas a dele. Podia jurar que tinha voltado a Los Angeles e o via no dia que fui embora e lhe deixei pra trás no aeroporto.
‘Não repara a bagunça’ – ele disse quando entrei no seu quarto
Uma cama, uma mesa, um sofá, algumas coisas espalhadas pelo chão. Era tudo que conseguia visualizar no momento. Ele jogou sua mochila no sofá e catou umas coisas do chão, jogando no sofá também.
‘Vou ao banheiro, quer alguma coisa?’ – ele me perguntou
‘Não, só quero ir ao banheiro também’
‘Então pode ir enquanto eu arrumo a bagunça’
Entrei então no banheiro, me olhando no espelho. Parecia descabelada e alcoolizada ainda, lavei o rosto antes de sair. Enquanto Louis entrou no banheiro, me sentei ao chão em frente a sua cama e cheirei sua camisa. O perfume ainda estava nela, me fazendo sentir mais vontade dele. Quando olhei e o vi saindo do banheiro, a camiseta ainda meio úmida, só pensava em beijá-lo.
‘Sente aqui’ – lhe pedi
Louis se sentou ao meu lado e deitei novamente minha cabeça em suas pernas, me virando de frente pra olhar seu rosto, seus dois olhos azuis me olhavam e ele fazia carinho em meus cabelos. Fui passando minha mão pelos seus cabelos, descendo num carinho de leve pela nuca, lhe fazendo fechar os olhos e os pelos dos seus braços arrepiarem.
Meu desejo só cresceu e me sentei então no seu colo. Louis colocou suas mãos quentes sobre as minhas costas, me fazendo amolecer e o olhar bem de perto. Eu o queria, sem pensar em mais nada.
Encostei meu corpo mais perto do dele e pra lhe sentir o perfume, lhe fazia carinho com o nariz e já lhe beijava o pescoço. Seu coração acelerou, suas mãos deslizaram pelas minhas costas e quando percebi que me queria e que a excitação tomava conta de seu corpo, lhe abracei a cintura com as pernas, lhe sentindo mais perto.
Olhei novamente nos olhos de Louis e lhe beijei. Louis correspondia e de repente quem me beijava era ele. Lhe tirei a camisa úmida, sentindo sua pele, fazendo com que ele me colocasse na cama, me tirando a roupa devagar.
Louis ia me beijando o corpo todo, se encostando em mim. Nem Matthew tinha me desejado daquela maneira, ninguém tinha. E eu me apertava contra seu corpo, ouvindo ele respirar em meus ouvidos, enquanto passava suas mãos pelo meu corpo, me beijando e me observando. Como era bom tudo aquilo, sentir o suor começar a lhe escorrer as costas, me fazendo tremer de prazer mesmo sem que ele estivesse ainda fazendo amor comigo. Quando percebi que isso era inevitável, um desespero me bateu.
‘Louis, não’ – lhe disse parando com todo o processo
‘Alice, o que...eu estou fazendo algo de errado?’ – e ainda me beijou
‘Não Louis, a gente não pode. Não deve’
Na minha cabeça só me passava que se aquilo acontecesse, tudo o que tinha com ele poderia se perder e eu não podia lhe perder, não ele. E se resolvesse nunca mais ficar na minha vida? E se fosse embora um dia como Matthew? E se eu o magoasse, magoasse quem sempre me quis bem?
‘Alice, eu faço o que você quiser, eu...’ – e Louis ainda me olhava, me segurando em seus braços
‘Não Louis, eu não posso! Não posso te perder! Eu não posso mais sofrer. Não, não com você’ – e me esquivei, saindo rápido dos seus braços, procurando minhas roupas
‘Alice, espera. Não vai...’ – ele falava enquanto eu ia vestindo minhas roupas
‘Não, eu não posso! Não posso! Eu vou embora, não posso...’ – as lágrimas vinham aos meus olhos, me sentindo envergonhada de tudo
Eu era feliz ao lado de Louis e ele significava muito em minha vida. Se eu lhe perdesse também, não suportaria tamanha dor. O que tinha feito? Por que tinha lhe provocado daquela maneira?
‘Alice, eu paro. Me desculpe...não vá embora, espere..’ – e Louis se levantou, vindo em minha direção, enquanto eu terminava de vestir minhas roupas
‘Se eu te perder, não resta nada em minha vida! Nada! Eu não posso me dar esse luxo!’
‘Alice, você não vai me perder...olha...’ – e ele colocou suas mãos sobre meus braços
‘Você é a única pessoa que não posso perder, entendeu? Eu não posso te perder. Nunca!’
Me soltei de Louis, catando minha bolsa jogada no chão, as lágrimas escorrendo, saí correndo pela porta e descendo as escadas, ainda ouvindo Louis chamar meu nome. Entrei em um táxi parado na frente do hotel e pedi pra ir embora. Chorava como criança perdida num lugar onde ninguém me conhecia, quando percebi, tinha vestido a camisa de Louis sem querer e lhe cheirei as mangas, ainda com seu perfume.
‘Eu não posso te perder, não você’ – ainda disse entre soluços" 

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