sábado, fevereiro 25, 2017

Dreams that i cannot make true


Ainda tinha os cabelos molhados caídos nos ombros. Seu olhar era de satisfação por todas as boas coisas que estavam lhe acontecendo. Parecia sorrir, por mais que parecesse ser sério, e lá no fundo, gostava de ser quem era, e viver a vida que levava.

Poder olhar para aquele céu claro, lhe doía os olhos, mas quem ligava? Preferia ficar cego por anos a perder toda aquela magia daquela manhã. Era especial, assim como seu copo de café. Forte e sem açúcar.

Se ao menos pudesse derramar uma lágrima, tudo ficaria mais especial. E se as coisas estavam tão bem, pra que chorar?

Tinha perdido muitas coisas, mas até ali, deveria aprender alguma coisa. Ser forte, como o seu café ou simplesmente, esquecê-las e viver.

Por mais que todos dissessem o que deveria fazer, ele só queria viver assim, sentindo o seu coração bater como fazia todos os dias. Já não deveria mais acreditar nas bobagens dos outros. Deveria confiar em seus instintos. Deveria tentar, mais uma vez.

Se, para o homem seria lindo saber voar, sem precisar de máquinas, pra ele seria lindo saber chorar, sem medo. Seria uma celebração ao nada. Uma celebração a si mesmo. Uma celebração a vida que deveria começar.

E se ainda houvesse, mesmo assim, algum motivo pra que sua vontade não se cumprisse, ele desapareceria, assim como seus demônios, de alma lavada e perdida.

Chorou, mais uma vez. Por si mesmo.

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