segunda-feira, março 28, 2016

Behind Blue Eyes

"Passo o tempo olhando o sol dessa tarde linda. Na janela a imagem de dias que quero lembrar e frases que quero esquecer.

Por um momento, a felicidade é melancolia aos olhos de quem espera. Esperar é virtude, entender é lei.

As coisas mudam e as expectativas de um novo dia se abrem. Será que nesse instante, há alguém no mundo que derrama a lágrima única e contínua, que escorre pelo rosto sem ao menos ter razão?

Razão de ser a vida nunca nos dá, mas procuramos esse significado de uma maneira inexplicável. Infeliz daquele que acredita num fim de tudo, para sempre.

Para que se apegar que vida não é uma grande coincidência, quando a gente vê que é?

E será que um dia, quando tudo finalmente terminar, as lembranças de tudo o que passou estará presente em nós?

Não tenho medo do fim, mas tenho medo de pensar que, nessa loucura de incertezas, as coisas podem atingir minha alma novamente.

Sei o que sou e o que fui. E sei que na essência, a personalidade nunca muda, nem que por mais duras sejam as penas, os sonhos são sempre os mesmos.

A cena de filme, aquela, na chuva , de braços abertos, esperando, sentindo, acontecerá?

A música toca insistentemente em meus ouvidos. Aqui, tudo posso. Aqui, em tudo continuo a acreditar.

Se pudesse escolher estar longe daqui e perto de algum lugar, estaria só, sentindo o ar quente bater em meu corpo, deitada na areia e vendo o mar azul.

Não queria, mas sinto e por mais que eu negue, gosto. E amo sentir. Nos torna vivo, eufóricos, incomparáveis, contraditórios.

Sinto falta do pedaço da minha alma. Não sei pra onde foi e não sei porque ela se perdeu, mas sei que vaga em algum lugar que preciso encontrar.

E hoje, sorrisos são importantes, novas idéias necessárias, amizade compreendida e respeito, essencial.


Meu corpo, meu templo. Meus sentidos, minha única fé."

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