"Passo o tempo olhando o sol dessa tarde linda. Na janela a imagem de
dias que quero lembrar e frases que quero esquecer.
Por um momento, a felicidade é melancolia aos olhos de quem
espera. Esperar é virtude, entender é lei.
As coisas mudam e as expectativas de um novo dia se abrem. Será que
nesse instante, há alguém no mundo que derrama a lágrima única e contínua, que
escorre pelo rosto sem ao menos ter razão?
Razão de ser a vida nunca nos dá, mas procuramos esse significado de
uma maneira inexplicável. Infeliz daquele que acredita num fim de tudo, para
sempre.
Para que se apegar que vida não é uma grande coincidência, quando a
gente vê que é?
E será que um dia, quando tudo finalmente terminar, as lembranças de
tudo o que passou estará presente em nós?
Não tenho medo do fim, mas tenho medo de pensar que, nessa loucura de
incertezas, as coisas podem atingir minha alma novamente.
Sei o que sou e o que fui. E sei que na essência, a personalidade nunca
muda, nem que por mais duras sejam as penas, os sonhos são sempre os
mesmos.
A cena de filme, aquela, na chuva , de braços abertos, esperando,
sentindo, acontecerá?
A música toca insistentemente em meus ouvidos. Aqui, tudo posso. Aqui,
em tudo continuo a acreditar.
Se pudesse escolher estar longe daqui e perto de algum lugar, estaria
só, sentindo o ar quente bater em meu corpo, deitada na areia e vendo o mar
azul.
Não queria, mas sinto e por mais que eu negue, gosto. E amo
sentir. Nos torna vivo, eufóricos, incomparáveis, contraditórios.
Sinto falta do pedaço da minha alma. Não sei pra onde foi e não sei
porque ela se perdeu, mas sei que vaga em algum lugar que preciso encontrar.
E hoje, sorrisos são importantes, novas idéias necessárias, amizade
compreendida e respeito, essencial.
Meu corpo, meu templo. Meus sentidos, minha única fé."
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