E se a vida estiver caminhando de um jeito que não deveria? E se eu não estiver fazendo as coisas certas? As escolhas certas?
E se na minha cabeça, um milhão de imagens de filmes estivessem passando, me dizendo que posso ter essa vida diferente, mas no fundo eu sei que ela não serve pra mim?
Onde foi parar aquela juventude toda, já que no fundo eu me sinto velha e sem nenhum animo pra nada.
Aquela ponta de desespero de querer e necessitar viver uma vida diferente e não saber examente onde e porque devo mudar.
O que será que faz tanta falta? O que será que me mantém tão presa e ao mesmo tempo quer me libertar de algo que nem eu mesmo sei se existe.
Anos e anos e anos vão se passar e eu sempre vou ter uma alma que não pertence a esse lugar. A vida me colocou numa cilada de adaptação sem que eu mesmo pudesse compreender.
E eu tento, todos os dias, anos a fio e não consigo. Esse exercício árduo que me faz sentir como um certo clichê de uma música dos anos 90.
Querer algo que não se faz ideia desde que você se entende por gente não é das melhores opções depois de um tempo. Não mantém sua sanidade, nem te transforma em alguém melhor ou mais evoluído.
Por tantos anos quis ser normal, ter sentimentos normais e vida normal como qualquer ser humano que fui conhecendo ao longo do tempo.
Até hoje poucas coisas me deram grandes satisfações. Umas viagens na memória, umas noites mal dormidas, umas paixões repentinas, o suor escorrendo pelo corpo depois de ouvir e pular loucamente naquela música que você mais ama no mundo.
Mesmo assim, algo me falta. Algo não me preenche, não completa. Eu só queria voltar pra esse lugar que eu pertenço. Se é que eu pertenço a algum lugar ou é só minha mente esquisofrênica aprontando comigo.
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