"Está gritando de novo garota? Não vê que é em vão?" - dizia a mulher de cabelos vermelhos olhando fixamente a garota no chão, enquanto suas lágrimas caíam sem que ela mesmo percebesse - "Ninguém vai lembrar de você quando as cortinas fecharem. Talvez nem derramem uma lágrima"
"Por que você tem que ser tão cruel?" - respondeu a menina, sem alterar seu tom de voz, sem ao menos levantar seus olhos
"Cruel é o que você causa a você mesma" - disse a mulher de cabelos vermelhos, em um tom de escárnio
"Chega! Ouvi seus conselhos, esperei pacientemente, fiz tudo diferente e o que me sobrou? Você pra acabar com o resto que sobrou de mim? Pra dizer que não haverá ninguém nesse mundo que possa derramar uma lágrima por mim? Que o mundo é feito de crueldade e que eu não sou diferente de ninguém? Que sou uma má pessoa? Eu não sou uma má pessoa! EU NÃO SOU, VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO!" - levantou-se a menina em direção a mulher de cabelos vermelhos, com uma raiva insana, uma expressão de dor que nunca tinha se visto antes.
"E o que vai fazer, vai me bater? Descontar sua raiva em mim? Descontar suas frustrações?" - disse impassível a mulher de cabelos vermelhos
"Você se diz tão forte, tão completa, mas não passa de um ser sozinho como eu. Me diz essas coisas porque se sente assim. Se olha no espelho e se pune todos os dias, pelas boas e más escolhas. Pelas coisas que pode e que não pode mudar. Pela solidão quando coloca a cabeça no travesseiro e vê que o amor nunca aconteceu. Foi um sonho. Ou como pode pensar, um completo pesadelo. Você não é diferente de mim, nenhum pobre diabo derramará uma lágrima quando você se for"- seus olhos fixos de frente a mulher que não se movia.
"Você acha que porque teve um impeto de..."
"Não, você acha! Cheia de conselhos e fortalezas e olha aonde eu cheguei. No fundo de tudo. No fundo de mim mesma. Pode ser que ninguém me ame, que ninguém sinta minha falta, mas a sua ninguém vai sentir também. Acabou. Talvez um dia você se perdoe. Talvez um dia eu me perdoe"
E a menina seguiu, deixando a mulher de cabelos vermelhos a olhando ir, sem pronunciar uma palavra.
"Por que você tem que ser tão cruel?" - respondeu a menina, sem alterar seu tom de voz, sem ao menos levantar seus olhos
"Cruel é o que você causa a você mesma" - disse a mulher de cabelos vermelhos, em um tom de escárnio
"Chega! Ouvi seus conselhos, esperei pacientemente, fiz tudo diferente e o que me sobrou? Você pra acabar com o resto que sobrou de mim? Pra dizer que não haverá ninguém nesse mundo que possa derramar uma lágrima por mim? Que o mundo é feito de crueldade e que eu não sou diferente de ninguém? Que sou uma má pessoa? Eu não sou uma má pessoa! EU NÃO SOU, VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO!" - levantou-se a menina em direção a mulher de cabelos vermelhos, com uma raiva insana, uma expressão de dor que nunca tinha se visto antes.
"E o que vai fazer, vai me bater? Descontar sua raiva em mim? Descontar suas frustrações?" - disse impassível a mulher de cabelos vermelhos
"Você se diz tão forte, tão completa, mas não passa de um ser sozinho como eu. Me diz essas coisas porque se sente assim. Se olha no espelho e se pune todos os dias, pelas boas e más escolhas. Pelas coisas que pode e que não pode mudar. Pela solidão quando coloca a cabeça no travesseiro e vê que o amor nunca aconteceu. Foi um sonho. Ou como pode pensar, um completo pesadelo. Você não é diferente de mim, nenhum pobre diabo derramará uma lágrima quando você se for"- seus olhos fixos de frente a mulher que não se movia.
"Você acha que porque teve um impeto de..."
"Não, você acha! Cheia de conselhos e fortalezas e olha aonde eu cheguei. No fundo de tudo. No fundo de mim mesma. Pode ser que ninguém me ame, que ninguém sinta minha falta, mas a sua ninguém vai sentir também. Acabou. Talvez um dia você se perdoe. Talvez um dia eu me perdoe"
E a menina seguiu, deixando a mulher de cabelos vermelhos a olhando ir, sem pronunciar uma palavra.
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