Bom, findamos uma década, e pra isso, resolvi escrever os 20 mais importantes discos pra mim nessa década (eram 10 gente, mas lembrei de outros!):
20) Entrada para Raros (2003) – O Teatro Mágico: Porque começar a lista com uma banda nacional que só aqueles adolescentes chatos escutam? Eu num sou mais uma adolescente chata, posso ser chata, mas não adolescente. Mas ao ver o Teatro Mágico, fiquei encantada, com tudo. É um espetáculo, uma lição de que não são só os gringos que podem ter música de qualidade e melhor, de graça. Anitelli tem um poder de palco que poucos tem. O disco é bom, mas nada comparado ao seu show. Somente para raros.
19) Toxicity (2001) – System Of A Down: Quem não ouviu pelo menos uma música desse álbum nessa última década, não esteve neste planeta. O SOAD lançou um álbum pra arregaçar com tudo em 2001. O governo, a apatia, a rebeldia, a sua família, a sua vida e por aí vai. Tem de tudo rock, balada, viagem e até música étnica. E se você não teve vontade de quebrar tudo ouvindo “Chop Suey!” então vá procurar ajuda, tá doente, de verdade.
18) Songs for the deaf (2002) – Queens of the Stone Age: Quando escutei esse disco pela primeira vez pensei, ‘caramba meu, esses caras são bons demais’. Confesso que minha audição ao QOTSA parou por aqui. Era tudo o que eu procurava naquela época da minha vida, algo que eu descrevia como pesado e alucinate. “No One Knows”, “Go with the Flow”, “God Is In the Radio” e “A Song for the Deaf”, essenciais.
17) Back to Black (2006) – Amy Winehouse: Existe uma mulher polêmica, que faz tudo o que não deve, manda todo mundo pra onde Judas perdeu as pernas e com a voz dela? Amy fez um disco dos anos 50 em 2006 e mostrou pra todo mundo que hoje não gosta dela e a ache totalmente desnecessária, que música é atemporal e que a gente pode misturar elementos de todos os gêneros pra fazer algo marcante. A faixa que dá nome ao álbum é o espírito de Amy, pena que muitas vezes ela se perde e se esquece que música é um excelente foco na vida...
16) Avantgardedog (2000) – Eleven: Essa banda é antiga, mas nunca fez muito sucesso até tocar com Chris Cornell no seu álbum solo de estréia. O disco foi lançado bem na tour do Chris, e mesmo assim, não deixa de ter sua peculiaridade. A voz da Natasha Schneider é imcomparável e a melodia de seu piano misturada com as guitarras do seu esposo Alain Johanes, nos mostram que música não tem rótulo, é música.
15) Origin of Symmetry (2001) – Muse: Conheci o Muse há uns dois anos e logo de cara me lembrou o início dos anos 90. Algo rock n’ roll sem igual, que dá vontade de gritar e tirar a roupa de tão maluco ao mesmo tempo. Esse álbum o Muse é simples, direto e te deixa extasiado, como se estivesse num lugar onde todas as coisas são diferentes. Yeah, my plug in baby in unbroken virgin realities...
14) Diorama (2001) – Silverchair: Por que eu coloquei o Silverchair nessa lista? Um dos motivos é porque gosto da banda e outro é porque essa pequena banda da Austrália, que começou em meados de 96, com seus integrantes adolescentes tomou uma proporção peculiar no mundo musical. Goste, os odeie ou os ignore, não dá pra negar que o Silverchair cresceu em todos os sentidos. Vale ouvir o álbum só por ter “Across the Night”, o resto é lucro.
13) American Idiot (2004) – Green Day: Tá aí, se tem uma banda que eu posso dizer com todas as propriedades que amadureceu, essa foi o Green Day.y O qe eles são hoje, punks, emos, banda de sei lá o que? Não vale a pena tentar definir. Esse álbum do Green Day veio pra mostrar que os caras são versáteis e que aquelas músicas perdidas nos outros álbuns no meio do alvorço punk californiano da década de 90 pode virar um excelente álbum de protesto.
12) Elephant (2003) – The White Stripes: O White Stripes apareceu para ser a banda dos anos 2000. Tenho que concordar que os irmãos White são a dupla mais versátil que eu já vi em palco. Um show milimetricamente bem disposto e ensaiado em músicas simples e bem arranjadas. “Seven Nation Army” é um hino poderoso. Pena que o White Stripes repetiu a mesma fórmula e não inovou como nesse álbum.
11) Rush of Blood to the Head (2002) – Coldplay: Vou ser arrogante ao dizer que as pessoas precisam ter esse álbum do Coldplay. Não há como não ouvir e não se apaixonar pelas letras desse álbum tranqüilo e ao mesmo tempo lindo de chorar. Como eu sempre digo, todo homem deveria escrever pelo menos uma música de amor. E o Coldplay nesse álbum escreveu onze.
10) Meds (2006) – Placebo: O universo paralelo é algo inexplicável. O Placebo veio com um álbum cheio de referências narcóticas e amorosas doloridas como sempre faz e uma participação especial do Michael Stipe. E a cada música essa mistura de sentimentos se espalham de uma maneira incontrolável. Não precisa tomar nenhuma pílula pra entender as músicas, mas precisa aprender a sentir.
9) The Invisible Band (2001) – Travis: Alguém já comeu algo agridoce? Algo que te dá uma sensação de doce, mas no fundo pode ser amargo demais? Esse álbum do Travis me soa assim. Agridoce. Feliz e com letras tristes. Que faz você querer ouvir naqueles dias ensolarados, que está apaixonadíssimo, mas não é correspondido. Como ele mesmo diz, a grama é sempre mais verde do outro lado.
8) Red (2001) – Days Of The New: Esse foi o ultimo album oficial do DOTN. Tem gente que diz ter mais um, mas até hoje eu não ouvi. Talvez por ter sido o último, os violões acústicos parecem mais fortes, como se soassem guitarras distorcidas. A voz poderosa do Travis Meeks fazem as canções serem mais marcantes ainda. Toda vez que ouço me sinto correr em uma floresta gelada e lá no final estar numa cama quente, macia, cheirosa e alguém me vigiando. Eles sempre me deram essa sensação de poder voar. E no fim do álbum, estar voando parece ser muito comum.
7) Birds Of Pray (2003) – Live: Vi nessa mesma época a banda ao vivo, algo mais surreal do que da primeira vez que os vi em 2001. Ed Kowalczyk é capaz de fazer você parar pra pensar que o mundo pode ser melhor mesmo com todas as atrocidades que existem. E quando você ouvir “Sweet Realease” vai querer se entregar de corpo e alma a uma só coisa: viver.
6) One by One (2002) – Foo Fighters: O que teria sido de todas essas boas músicas do Dave Grohl se o Kurt Cobain não tivesse se matado? Dave Grohl fez álbuns excelentes desde sua primeira aparição em 1995 com o álbum homônimo. Começando com aquela batida rock n’ roll mais clássica no começo de “All My Life”, passando por “Times Like These”, a lenta mas não menos linda “Tired Of You” e indo lá pro fim terminando com “Come Back” o álbum é um disco puro de rock, sem frescuras.
5) Riot Act (2002) – Pearl Jam: A partir desse álbum notamos a veia folk do Eddie Vedder se espalhando de vez. Da primeira batida na bateria de “Can’t Keep” já se pode notar isso muito claro. Apesar do rock clássico de “Save You” e do luto de “Love Boat Captain”, toda vez que escuto “I Am Mine” tenho certeza de que confiar em você mesmo é essencial.
4) Audioslave (2002) – Audioslave: O Audioslave era pra ser somente um projeto, que se tornou uma banda de três discos. Mas o álbum de estréia dessa curta carreira foi realmente marcante. Chris Cornell vinha de uma banda poderosa dos anos 90, o Soundgarden e Tom Morello, Brak Wilk e Tim Commerford vinham do Rage Against the Machine. O álbum decorre de elementos fortes da antiga banda de Morello, com as letras difíceis de Chris Cornell. É um disco forte, com vocais rasgados e uma guitarra estridente, peculiar. “Cochise” lembra um turbilhão de água forte passando por dentro de seus ouvidos, passa pela raiva de “What You Are”, pela linda melodia de “I Am a Highway” e termina com a raiva de “Show Me How To Live”. Tocaram até em Cuba, contradizendo o governo americano. E se é contravenção então é único.
3) Hybrid Theory (2000) – Linkin Park: Enquanto existir uma guitarra, existirá alguém que por mais que queira ser diferente, saberá usá-la. E isso acontece com o Linkin Park em seu álbum de estréia. O hip hop, as roupas e a tatuagem não faziam a menor diferença frente ao que a banda em si propunha. Letras com refrões pegajosos, como se fosse um grito que estava preso na garganta, uma vontade maluca de colocar a raiva pra fora. Era essa a proposta do Linkin Park, colocar sua raiva pra ser produtiva, extravasar e ser você mesmo. Tocou incessantemente nas rádios, mas não fez jus as não conhecidas. “Runaway”, “Place For My Head” e “Pushing Me Away” são tão bombásticas quanto “Crawling”, “In The End” e “Papercut”. Disco de rock assim, só na outra década.
2) Scarlet’s Walk (2002) – Tori Amos: A Tori é sempre clássica. Sempre necessária, sempre única. Nesse álbum não poderia ser diferente. Ela fala de sonhos, aflições, política, perda, daquela maneira que só ela sabe descrever. O piano é de chorar. As letras onde cada frase tem um significado em comum e “I Can’t See New York” dói, só de pensar que patriotismos a parte, morrer pode parecer algo inexplicável.
1) Kid A (2000) – Radiohead: Por que eu escolhi esse disco pra ser o primeiro da lista? Porque esse álbum realmente me marcou. Quando ouvi os primeiros acordes da “Everything In Its Right Place” achei estranho e curioso. Assim como o disco todo em si. A mistura de eletrônicos (e não entendam música eletrônica convencional) com as guitarras e a voz quase angelical do Thom Yorke faz o álbum se tornar soturno e vanguardista, mas não piegas. Dá até pra dançar aquela dancinha clássica que ele faz em “Idioteque” e escutar as músicas no escuro, viajando, sem mesmo precisar de alguma substância ilícita pra isso.
2 comentários:
Eu te perdoo já que você disse que são segundo você mesmam. Já percebeu que 16 dos seus 20 discos ou são indies ou são quasi-emo? Você nem é headbanger! hauahuhauhaha
Brincadeirinha, viu?! :)
Não sou headbanger, mas quase emo aí só o green day vai...huahuahauhauhauha ;)
É, ser indie dominou meu coração por uma década....rsrsrs
;)
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